Ocidente expressa apoio a manifestantes pró-europeus em Kiev
"Estamos com o povo ucraniano, que vê seu futuro na Europa", afirmou a subsecretária americana de Estado de Assuntos Europeus, Victoria Nuland
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 15h21.
Kiev - Os Estados Unidos e os europeus expressaram nesta quinta-feira apoio aos ucranianos que se manifestam por um futuro na Europa , durante uma reunião da OSCE em Kiev.
"Estamos com o povo ucraniano, que vê seu futuro na Europa", afirmou a subsecretária americana de Estado de Assuntos Europeus, Victoria Nuland, na abertura de uma reunião da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa).
Entre as mais de trinta delegações estrangeiras presentes no encontro, a da Rússia criticou a posição ocidental. Os russos desempenharam um papel decisivo para dissuadir Kiev de assinar o acordo de associação com a União Europeia.
"Este é o momento de a Ucrânia responder às aspirações do povo ou de decepcioná-lo, com o risco de uma deriva em direção ao caos e à violência", considerou Nuland.
Já o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, denunciou as ameaças e pressões econômicas exercidas sobre a Ucrânia para afastá-la da UE.
"As ameaças e as pressões econômicas que observamos este ano são simplesmente inaceitáveis", declarou, em clara referência à Rússia.
Reagindo a essas críticas, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, denunciou a "histeria" do Ocidente em relação à Ucrânia.
"Esta situação está relacionada com a histeria de alguns países europeus depois que a Ucrânia decidiu não assinar o acordo de associação com a União Europeia", declarou Lavrov.
Na quarta-feira à noite, Westerwelle e o secretário-geral da OSCE, Lamberto Zannier, se reunidos com manifestantes na Praça da Independência, símbolo da Revolução Laranja de 2004, que derrubou o governo e levou ao poder políticos pró-ocidentais nesta ex-república soviética.
A praça está ocupada há dias por milhares de manifestantes pró-europeus, que protestam contra a decisão do governo de não assinar um acordo de associação com a União Europeia, que estava sendo preparado durante meses, para assumir uma posição mais favorável à Rússia, e exigem a saída do presidente Viktor Yanukovitch.
Quase 3.000 manifestantes permanecem na praça, onde foram instaladas várias barracas.
O presidente russo, Vladimir Putin, que influenciou Kiev em sua decisão de romper com a UE, afirmou que os protestos foram preparados do exterior e sustentou que parecem mais um movimento de violência do que uma revolução.
Já a opositora ucraniana presa Yulia Timoshenko pediu nesta quinta-feira que os Estados Unidos e a União Europeia imponham sanções ao presidente e a sua família após a dispersão violenta de uma manifestação pró-europeia em Kiev.
"Sanções seletivas contra Yanukovich e sua família são a única linguagem que ele entende", considerou Timoshenko, ex-primeira-ministra e adversária do presidente atual nas eleições de 2010, segundo uma declaração transmitida por seu advogado.
Durante a abertura da reunião da OSCE, o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, assegurou que o poder "compreende" os manifestantes.
No entanto, ele denunciou "os políticos que utilizam os protestos para lutar contra o poder legítimo".
Perguntada sobre as reivindicações das ruas, uma autoridade ucraniana ligada ao presidente declarou que o governo não descarta discutir a realização de eleições antecipadas.
"Devemos conversar, sentar à mesa de negociações e discutir quando serão apresentadas propostas", declarou o vice-premiê Serguei Arbuzov à emissora Kanal 5.
Kiev - Os Estados Unidos e os europeus expressaram nesta quinta-feira apoio aos ucranianos que se manifestam por um futuro na Europa , durante uma reunião da OSCE em Kiev.
"Estamos com o povo ucraniano, que vê seu futuro na Europa", afirmou a subsecretária americana de Estado de Assuntos Europeus, Victoria Nuland, na abertura de uma reunião da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa).
Entre as mais de trinta delegações estrangeiras presentes no encontro, a da Rússia criticou a posição ocidental. Os russos desempenharam um papel decisivo para dissuadir Kiev de assinar o acordo de associação com a União Europeia.
"Este é o momento de a Ucrânia responder às aspirações do povo ou de decepcioná-lo, com o risco de uma deriva em direção ao caos e à violência", considerou Nuland.
Já o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, denunciou as ameaças e pressões econômicas exercidas sobre a Ucrânia para afastá-la da UE.
"As ameaças e as pressões econômicas que observamos este ano são simplesmente inaceitáveis", declarou, em clara referência à Rússia.
Reagindo a essas críticas, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, denunciou a "histeria" do Ocidente em relação à Ucrânia.
"Esta situação está relacionada com a histeria de alguns países europeus depois que a Ucrânia decidiu não assinar o acordo de associação com a União Europeia", declarou Lavrov.
Na quarta-feira à noite, Westerwelle e o secretário-geral da OSCE, Lamberto Zannier, se reunidos com manifestantes na Praça da Independência, símbolo da Revolução Laranja de 2004, que derrubou o governo e levou ao poder políticos pró-ocidentais nesta ex-república soviética.
A praça está ocupada há dias por milhares de manifestantes pró-europeus, que protestam contra a decisão do governo de não assinar um acordo de associação com a União Europeia, que estava sendo preparado durante meses, para assumir uma posição mais favorável à Rússia, e exigem a saída do presidente Viktor Yanukovitch.
Quase 3.000 manifestantes permanecem na praça, onde foram instaladas várias barracas.
O presidente russo, Vladimir Putin, que influenciou Kiev em sua decisão de romper com a UE, afirmou que os protestos foram preparados do exterior e sustentou que parecem mais um movimento de violência do que uma revolução.
Já a opositora ucraniana presa Yulia Timoshenko pediu nesta quinta-feira que os Estados Unidos e a União Europeia imponham sanções ao presidente e a sua família após a dispersão violenta de uma manifestação pró-europeia em Kiev.
"Sanções seletivas contra Yanukovich e sua família são a única linguagem que ele entende", considerou Timoshenko, ex-primeira-ministra e adversária do presidente atual nas eleições de 2010, segundo uma declaração transmitida por seu advogado.
Durante a abertura da reunião da OSCE, o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, assegurou que o poder "compreende" os manifestantes.
No entanto, ele denunciou "os políticos que utilizam os protestos para lutar contra o poder legítimo".
Perguntada sobre as reivindicações das ruas, uma autoridade ucraniana ligada ao presidente declarou que o governo não descarta discutir a realização de eleições antecipadas.
"Devemos conversar, sentar à mesa de negociações e discutir quando serão apresentadas propostas", declarou o vice-premiê Serguei Arbuzov à emissora Kanal 5.