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Obama promete manter superioridade militar dos Estados Unidos

Presidente apresentou seu novo plano de defesa, que inclui cortes de US$ 487 bilhões no setor em dez anos

Obama com assessores durante seu discurso no Pentágono (Jim Watson/AFP)

Obama com assessores durante seu discurso no Pentágono (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 14h19.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, prometeu manter a superioridade militar dos Estados Unidos no mundo apesar dos necessários cortes orçamentários, ao apresentar nesta quinta-feira a nova estratégia americana de Defesa.

Durante discurso no Pentágono, Obama também destacou a prioridade que ele quer dar de hoje em diante à Ásia, uma "região crucial" onde os Estados Unidos reforçarão sua presença militar no futuro, ao mesmo tempo em que o país "se ocupa de virar a página de uma década de guerra" no Iraque e no Afeganistão.

O orçamento do Pentágono deve ser cortado em cerca de 487 bilhões de dólares no prazo de dez anos e Obama reconheceu que esta redução conduzirá a um exército com menos forças terrestres convencionais.

"Mas o mundo inteiro deve saber: os Estados Unidos vão manter sua superioridade militar com forças armadas que serão ágeis, flexíveis e prontas a reagir ao conjunto de circunstâncias e ameaças possíveis contra os interesses do país", antecipou o presidente.

Confirmando uma previsão feita durante sua visita à Austrália em meados de novembro, Obama destacou que os Estados Unidos irão "reforçar sua presença na região Ásia-Pacífico e as reduções orçamentárias não ocorrerão às custas desta região crucial".

"Nós vamos continuar a investir em parcerias e alianças muito importantes, entre elas a Otan, que mais uma vez demonstrou (sua eficácia) recentemente na Líbia", explicou.

"Temos que nos manter vigilantes, em particular no Oriente Médio", insistiu Obama, em um momento em que as tensões são particularmente vivas com o Irã, que ameaça bloquear o estreito de Ormuz, principal rota marítima de exportação de petróleo, caso sejam aprovadas novas sanções econômicas contra o país.

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