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Obama e Romney intensificam críticas em Virgínia

A 40 dias do pleito, Obama e Romney continuam em uma ferrenha luta pelo voto da classe média


	Obama, do Partido Democrata, participou de um comício em Virgínia Beach
 (Jewel Samad/AFP)

Obama, do Partido Democrata, participou de um comício em Virgínia Beach (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 19h59.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que concorre à reeleição, e seu rival republicano, Mitt Romney, intensificaram nesta quinta-feira as críticas mútuas no que diz respeito a seus planos para a economia do país ao coincidirem no estado da Virgínia.

A 40 dias do pleito, Obama e Romney continuam em uma ferrenha luta pelo voto da classe média, e ambos coincidiram em outro estado-chave pelo terceiro dia consecutivo, nesta ocasião a Virgínia, próxima à capital americana.

Obama, do Partido Democrata, participou de um comício em Virgínia Beach, um reduto republicano no sudeste do estado no qual usou a expressão ''patriotismo econômico'' para pedir a ajuda dos eleitores.

''Durante a campanha, sempre ouvirão falar muito de patriotismo. Mas sabem, é hora de um novo patriotismo econômico, enraizado na crença de que o crescimento da economia começa com uma forte e vibrante classe média'', disse Obama a cerca de 7 mil pessoas.

''Se juntos lutamos por um novo patriotismo econômico, podemos reconstruir esta economia'', destacou o governante, que reconheceu que o país não está onde necessita estar.

Obama ganhou na Virgínia em 2008 - a primeira vez que um democrata conseguiu este resultado no estado desde Lyndon Johnson, em 1964 - e, segundo pesquisas recentes, supera Romney em preferência.

Durante um comício organizado pelo grupo ''Veteranos por Romney'' na cidade de Springfield, perto do Pentágono, Romney criticou a gestão econômica de Obama e afirmou que os iminentes cortes na área de defesa seriam ''devastadores'' para a Virgínia.

''O impacto seria imediato e significativo aqui mesmo na Virgínia; 136 mil empregos seriam perdidos como resultado dessa ação'', advertiu Romney, que se disse ''preocupado com o rumo dos Estados Unidos''.


Romney se referia aos iminentes cortes ''automáticos'' de US$ 1 trilhão nos próximos dez anos que o Congresso teria que realizar a partir de 2013 nas despesas de todas as agências federais se não alcançar um acordo bipartidário.

No caso do Pentágono, esses cortes representariam cerca de 10% das despesas militares, salvo o relacionado com as despesas de pessoal, acima dos cerca de US$ 487 bilhões propostos pelo governo Obama.

Segundo alguns economistas, a redução aumentaria em 1,5 ponto percentual a taxa nacional de desemprego e prejudicaria substancialmente o crescimento econômico do próximo ano.

A Virgínia, sede de importantes bases militares, é um de nove estados-chave na disputa e conta com 13 dos 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para vencer a eleição, por isso ambos os candidatos repetiram suas visitas.

Ao citar como exemplo as economias de Rússia e China, que tiveram um maior crescimento que a dos EUA, Romney disse que Obama procura recorrer às mesmas políticas dos últimos quatro anos, que segundo ele ''não funcionaram''.

Sobre países como Coreia do Norte, Síria e Irã, Romney disse que este não é o momento para reduzir o poderio militar dos EUA, e evocou o conceito da ''paz mediante a força'' de Ronald Reagan.

Uma porta-voz da campanha de Obama, Lis Smith, replicou que as propostas de Romney, em particular a reforma do sistema ''Medicare'' para idosos e aposentados, poriam em perigo os benefícios de assistência médica dos veteranos.

Ela acrescentou que ao não exercer pressão sobre os republicanos do Congresso para que os ricos paguem mais impostos, é Romney quem pôs obstáculos às medidas para impedir os cortes ''devastadores'' em defesa.

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