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Obama diz que EUA não estão sozinhos na luta contra EI

Estados Unidos iniciaram em 8 de agosto os bombardeios contra posições do grupo EI no Iraque

Obama faz um pronunciamento sobre o bombardeio, no jardim da Casa Branca (Jim Watson/AFP)

Obama faz um pronunciamento sobre o bombardeio, no jardim da Casa Branca (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 15h58.

Washington - O presidente Barack Obama declarou nesta terça-feira que a coalizão de nações envolvida nos primeiros ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria mostra que os Estados Unidos não estão sozinhos no combate aos jihadistas.

"A força desta coalizão deixa claro para o mundo que isso não é uma luta dos Estados Unidos sozinhos", disse Obama, dando destaque ao apoio de seus amigos e aliados na operação militar: Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Catar e Jordânia.

Em um breve discurso na Casa Branca antes de partir para Nova York, para participar na Assembleia Geral da ONU, o presidente afirmou que "acima de tudo, as pessoas e os governos no Oriente Médio estão rejeitando o EIIL e defendendo a paz e a segurança que as pessoas e o mundo merecem".

Em Nova York, Obama se reúne com o novo primeiro-ministro iraquiano Haidar al-Abadi, com quem buscará reforçar a coalizão frente a esta "grave ameaça à paz e à segurança" que representa o grupo radical Estado Islâmico.

Os Estados Unidos iniciaram em 8 de agosto os bombardeios contra posições do grupo EI no Iraque, mas os ataques na Síria constituem uma nova fase em sua guerra contra esta organização, que mantém sob seu controle 215.000 km2 entre os dois países.

Tudo o que for necessário

Obama também advertiu que a operação contra o Estado Islâmico levará tempo, mas que ele fará o que for necessário para derrotar o grupo.

"Haverá desafios pela frente, mas vamos fazer o que for necessário na luta contra este grupo terrorista para a segurança do país, da região e para todo o mundo", disse Obama.

O presidente elogiou ainda a coragem dos pilotos americanos que realizaram os ataques aéreos na Síria, e também destacou as ações simultâneas contra um grupo da Al-Qaeda que, segundo autoridades americanas, estava planejando ataques contra os Estados Unidos e alvos ocidentais.

Segundo o tenente general William Mayville, diretor de operações antiterroristas dos Estados Unidos, o grupo Khorasan na Síria, que, segundo ele, foi criado a partir de veteranos da Al-Qaeda, estava "na etapa final de organização de grandes ataques contras alvos ocidentais".

"Deve ficar claro para qualquer um que quiser conspirar contra os Estados Unidos e tentar prejudicar os americanos que não vamos tolerar refúgios seguros para terroristas que ameaçam o nosso povo", disse Obama.

Sem permissão

Ausente da coalizão, o governo sírio, que Washington considera ilegítimo, espera se beneficiar da situação para se tornar um parceiro na "luta contra o terrorismo".

O ministério sírio das Relações Exteriores reagiu aos ataques dizendo que Damasco apoiava "qualquer esforço internacional para combater o terrorismo", mas que isso deveria ser feito "respeitando a soberania nacional".

Ele também insistiu que o ministro das Relações Exteriores, Walid Muallem, havia recebido "na segunda-feira uma mensagem de seu homólogo americano John Kerry, informando-o de que os Estados Unidos iriam atacar bases do Daesh (sigla em árabe do Estado Islâmico ) na Síria". Esta mensagem foi transmitida pelo chefe da diplomacia iraquiana, segundo o ministério.

Já segundo o Departamento de Estado americano, Washington avisou que atacaria o EI em sem território, mas sem indicar quando nem onde.

"Não pedimos permissão ao regime. Não coordenamos nossas ações com o governo sírio", afirmou a porta-voz Jen Psaki.

A ofensiva dos Estados Unidos e seus aliados árabes lançada nesta terça-feira contra posições do EI na Síria incluiu o uso de ataques aéreos e lançamento de mísseis Tomahawk.

Os Estados Unidos conta com cerca de 35.000 soldados no Oriente Médio, um vasto arsenal e aeronaves, drones e navios de guerra e bases militares em vários países.

De acordo com o porta-voz do Pentágono John Kirby, os ataques foram "muito bem sucedidos", prometendo que isto "foi só o começo".

Os bombardeios mataram pelo menos 120 jihadistas (70 do Estado Islâmico e 50 da Al-Qaeda) e 300 feridos, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

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