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Obama denuncia na ONU agressão da Rússia à Europa

O presidente americano garantiu que os Estados Unidos "suspenderão as sanções" se Moscou escolher o caminho da paz

Barack Obama: presidente advertiu que "a agressão russa terá um custo" (AFP)

Barack Obama: presidente advertiu que "a agressão russa terá um custo" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 19h18.

Em pronunciamento na Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira, o presidente Barack Obama denunciou a agressão da Rússia na Europa, em referência ao conflito na Ucrânia, mas garantiu que os Estados Unidos "suspenderão as sanções", se Moscou escolher o caminho da paz.

"A agressão russa na Europa lembra os dias, em que as grandes nações pisoteavam as menores em busca de suas ambições territoriais", discursou Obama, na plenária de líderes reunidos em Nova York.

"As ações da Rússia na Ucrânia desafiam a ordem mundial", continuou o presidente dos Estados Unidos, denunciando a "anexação" da Crimeia por parte de Moscou, assim como o apoio russo aos separatistas armados no leste da Ucrânia.

Obama advertiu que "a agressão russa terá um custo", mas ressaltou que "outro caminho é possível: o caminho da diplomacia e da paz".

"Se a Rússia tomar esse caminho, vamos suspender nossas sanções", prometeu Obama, declarando que está pronto para reconhecer "o papel da Rússia para resolver desafios comuns" aos dois países.

Ele lembrou os temas de cooperação entre EUA e Rússia nos últimos anos - "da redução dos arsenais nucleares até a cooperação para destruir o arsenal químico sírio".

"Esse é o tipo de cooperação que estamos dispostos a retomar, se a Rússia mudar sua atitude", insistiu.

Na última quinta-feira, a Ucrânia acusou a Rússia de mobilizar cerca de quatro mil soldados na fronteira entre a ex-república soviética e a península da Crimeia, integrada em março ao território russo.

Desde o início do conflito no leste ucraniano, mais de 2.900 pessoas morreram em cinco meses.

Os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas pró-russos e já adotaram sanções, principalmente contra o setores energético e bancário de Moscou. O governo russo rejeita as acusações.

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