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Obama apresenta maior iniciativa em décadas contra armas

O presidente norte-americano propôs ao Congresso vetar novamente a venda de armas de assalto

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 19h53.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, formalizou na quarta-feira as propostas de proibição do comércio de armas de assalto e de mais rigor na verificação de antecedentes para compradores de armas, tentando assim canalizar a indignação nacional com o massacre de dezembro numa escola de Connecticut e dando início à maior iniciativa das últimas décadas para o controle das armas no país.

Num plano de inclui medidas do Executivo e propostas para o Legislativo, Obama colocou-se em rota de colisão com o poderoso lobby das armas e com seus apoiadores no Congresso, que devem resistir àquilo que veem como uma violação do direito constitucional à posse de armas.

Obama apresentou as propostas em um evento na Casa Branca, diante de uma plateia que inclui parentes das 20 crianças mortas no massacre de Newtown.

"Não podemos mais adiar isso", disse Obama, prometendo usar "todo o peso que este cargo detém" para implementar as propostas. "O Congresso deve agir rapidamente." Em seus quatro primeiros anos como presidente, Obama pouco fez para conter a cultura das armas nos EUA. Mas, a poucos dias de iniciar seu segundo mandato, ele parece determinado a promover uma iniciativa destinada a evitar novas tragédias.

As propostas baseiam-se no trabalho de uma força-tarefa comandada durante um mês pelo presidente Joe Biden, que se reuniu com partidários do controle armamentista e também com representantes das indústrias de armas e de entretenimento.


Obama propôs que o Congresso renove a proibição da venda de armas de assalto, que expirou em 2004, exija a verificação de antecedentes para todos os compradores --inclusive em feiras de armas hoje dispensadas da norma-- e adote uma nova lei federal contra o tráfico de armas.

Ele também anunciou 23 medidas que pretende tomar imediatamente, sem necessidade de aval do Congresso. Isso inclui melhorias no atual sistema de verificação de antecedentes, a suspensão da proibição para pesquisas federais sobre a violência armada, a contratação de mais orientadores pedagógicos nas escolas, e mais acesso a serviços de auxílio psicológico.

A proposta politicamente mais polêmica do pacote diz respeito à proibição das armas de assalto, que são de uso militar. A maioria republicana da Câmara deve se opor a essa medida.

Em um anúncio agressivo pela TV e pela internet, a poderosa Associação Nacional do Rifle acusou Obama de ser "mais um elitista hipócrita" por aceitar a proteção do Serviço Secreto para suas duas filhas, mas rejeitando a proposta da entidade para a contratação de guardas armados em todas as escolas.

Ao anunciar as novas medidas, Obama tinha a seu lado crianças de todo o país que nas últimas semanas lhe enviaram cartas falando da preocupação com as armas e com a segurança escolar.

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Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, formalizou na quarta-feira as propostas de proibição do comércio de armas de assalto e de mais rigor na verificação de antecedentes para compradores de armas, tentando assim canalizar a indignação nacional com o massacre de dezembro numa escola de Connecticut e dando início à maior iniciativa das últimas décadas para o controle das armas no país.

Num plano de inclui medidas do Executivo e propostas para o Legislativo, Obama colocou-se em rota de colisão com o poderoso lobby das armas e com seus apoiadores no Congresso, que devem resistir àquilo que veem como uma violação do direito constitucional à posse de armas.

Obama apresentou as propostas em um evento na Casa Branca, diante de uma plateia que inclui parentes das 20 crianças mortas no massacre de Newtown.

"Não podemos mais adiar isso", disse Obama, prometendo usar "todo o peso que este cargo detém" para implementar as propostas. "O Congresso deve agir rapidamente." Em seus quatro primeiros anos como presidente, Obama pouco fez para conter a cultura das armas nos EUA. Mas, a poucos dias de iniciar seu segundo mandato, ele parece determinado a promover uma iniciativa destinada a evitar novas tragédias.

As propostas baseiam-se no trabalho de uma força-tarefa comandada durante um mês pelo presidente Joe Biden, que se reuniu com partidários do controle armamentista e também com representantes das indústrias de armas e de entretenimento.


Obama propôs que o Congresso renove a proibição da venda de armas de assalto, que expirou em 2004, exija a verificação de antecedentes para todos os compradores --inclusive em feiras de armas hoje dispensadas da norma-- e adote uma nova lei federal contra o tráfico de armas.

Ele também anunciou 23 medidas que pretende tomar imediatamente, sem necessidade de aval do Congresso. Isso inclui melhorias no atual sistema de verificação de antecedentes, a suspensão da proibição para pesquisas federais sobre a violência armada, a contratação de mais orientadores pedagógicos nas escolas, e mais acesso a serviços de auxílio psicológico.

A proposta politicamente mais polêmica do pacote diz respeito à proibição das armas de assalto, que são de uso militar. A maioria republicana da Câmara deve se opor a essa medida.

Em um anúncio agressivo pela TV e pela internet, a poderosa Associação Nacional do Rifle acusou Obama de ser "mais um elitista hipócrita" por aceitar a proteção do Serviço Secreto para suas duas filhas, mas rejeitando a proposta da entidade para a contratação de guardas armados em todas as escolas.

Ao anunciar as novas medidas, Obama tinha a seu lado crianças de todo o país que nas últimas semanas lhe enviaram cartas falando da preocupação com as armas e com a segurança escolar.

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