Especialista em armas químicas da ONU em um dos locais do suposto ataque com armas químicas nos subúrbios de Damasco, na Síria (Bassam Khabieh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 23h13.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou na noite desta quinta-feira ter concluído que o governo sírio deflagrou o ataque que na semana passada matou mais de cem civis e no qual teriam sido usadas armas químicas.
Obama disse que especialistas norte-americanos analisaram as evidências disponíveis e não acreditam que grupos de oposição ao governo tenham obtido armas químicas ou desenvolvido meios de usá-las.
Apesar da acusação, Obama disse que ainda não decidiu como os EUA reagirão.
O governo sírio nega e acusam os rebeldes pelo uso de armas químicas.
Nos últimos dias, os EUA têm elevado tom e não descartam a possibilidade de um ataque unilateral à Síria, mesmo sem o aval da Organização das Nações Unidas (ONU) ou o apoio de seus próprios aliados.
Inspetores da ONU encontram-se atualmente na Síria para investigar o episódio ocorrido em 21 de agosto. Segundo o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, eles precisam de mais quatro dias para chegarem a conclusões sobre o que realmente aconteceu e que tipo de armamento foi empregado no fatídico ataque.
Hoje, representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da ONU reuniram-se para discutir uma proposta de resolução apresentada pelo Reino Unido, mas não conseguiram chegar a um acordo sobre o texto, que autorizaria o uso de força militar na Síria. Rússia e China ameaçam vetar a proposta, caso ela seja levada a votação.