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Netanyahu dissolve gabinete de guerra de Israel

Primeiro-ministro enfrenta críticas e incertezas sobre estratégia em Gaza após saída de opositores do gabinete de guerra

Benjamin Netanyahu criou o comitê logo após os atentados de 7 de outubro de 2023. (JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP /Getty Images)

Benjamin Netanyahu criou o comitê logo após os atentados de 7 de outubro de 2023. (JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP /Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 17 de junho de 2024 às 08h09.

Última atualização em 17 de junho de 2024 às 14h40.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra do país, segundo um oficial israelense. A decisão ocorreu pouco mais de uma semana após o líder da oposição, Benny Gantz, retirar-se do órgão.

O gabinete de segurança continuará decidindo sobre assuntos relacionados à guerra. Netanyahu consultará fóruns menores sobre questões sensíveis. As informações são da CNN.

A dissolução do gabinete de guerra ocorre em meio a críticas crescentes de membros da ala direita de sua coalizão, incluindo o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que pressionam para serem incluídos no gabinete de guerra.

Gantz anunciou sua saída do gabinete na semana passada, citando a falta de uma estratégia de Netanyahu para a guerra em Gaza e a governança futura da região.

Gabinete foi formado após ataques terroristas

O gabinete de guerra foi formado cinco dias após os ataques terroristas liderados pelo Hamas em 7 de outubro. Na ocasião, o ex-ministro da Defesa e chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), Gantz, concordou em se juntar a um "governo de emergência".

Além de Netanyahu e Gantz, o gabinete incluía o atual ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o confidente de Netanyahu, Ron Dermer, além do ex-general Gadi Eisenkot como "observadores". Ben-Gvir e Smotrich foram excluídos do gabinete a pedido do ex-chefe do Estado.

Ao anunciar sua decisão de deixar o gabinete de guerra em 9 de junho, Gantz acusou Netanyahu de colocar suas próprias considerações políticas à frente de uma estratégia pós-guerra para a Faixa de Gaza. O ex-chefe do Estado-Maior criticou a hesitação e procrastinação de Netanyahu em decisões estratégicas cruciais devido a considerações políticas e pediu a realização de eleições nos próximos meses.

Ben-Gvir exigiu ser incluído no gabinete de guerra. Ao desmantelar o gabinete, Netanyahu evita ter que aceitar essa demanda. Um oficial israelense afirmou que, no futuro, o primeiro-ministro realizará fóruns menores para discutir questões sensíveis relacionadas à guerra com o Hamas.

A dissolução do gabinete de guerra reflete as tensões internas na coalizão de Netanyahu e as dificuldades em manter uma frente unida em meio ao conflito em Gaza. A decisão também ressalta os desafios que o primeiro-ministro enfrenta ao equilibrar as demandas políticas internas e a necessidade de formular uma estratégia eficaz para lidar com o Hamas e a situação na Faixa de Gaza.

Netanyahu tem adotado uma abordagem firme em relação à segurança nacional e à política externa, frequentemente priorizando medidas militares e de segurança em resposta às ameaças percebidas. Ele é conhecido por sua postura linha-dura em relação ao Irã e ao programa nuclear iraniano, e tem buscado fortalecer alianças com países que compartilham suas preocupações de segurança.

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