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Hyundai promete doar US$ 1 bilhão para recuperar-se de escândalo

Maior montadora da Coréia do Sul tenta recompor imagem com donativos para obras sociais, após ser acusada de corrupção. Prática de investir em filantropia para atenuar denúncias cresce no país

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

A família Chung, controladora da Hyundai, anunciou que irá doar 1 bilhão de dólares de seu próprio patrimônio para obras sociais ainda não especificadas. A doação é uma tentativa de reverter o desgaste causado pelas denúncias de que a companhia - a maior montadora de automóveis do país - recorria a subornos e propinas para obter favores do governo coreano.

"Pedimos sinceramente desculpas por não nos preocuparmos com nossa responsabilidade social e por causar preocupações", afirmou Lee Jeon-kap, vice-presidente do conselho de administração da empresa. Chung Mong-koo, presidente do conselho e membro da família que controla a Hyundai, e seu filho Chung Eui-sun, presidente da controlada Kia Motor, irão doar 60% de sua participação na Glovis, uma distribuidora dos veículos Hyundai, para obras de caridade. A fatia equivale a cerca de 1 bilhão de dólares.

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Segundo o jornal britânico Financial Times, acima da caridade, está a tentativa da Hyundai de preservar seus agressivos planos de expansão. O escândalo adiou, por exemplo, uma grande cerimônia para o lançamento de uma fábrica da Kia no estado americano da Georgia.

Compensar o envolvimento em escândalos financeiros e corporativos com gastos em caridade é uma prática cada vez mais comum na Coréia do Sul. Seguindo o exemplo da Hyundai, o Lone Star, fundo de private equity americano que detém metade do Korea Exchange Bank (KEB), admitiu publicamente que o gerente-geral no país praticou atos ilícitos na gestão do KEB. Em seguida, o fundo prometeu que doará 106 milhões de dólares para uma sociedade filantrópica coreana.

Há dois meses, foi a vez a Samsung contribuir com 1 bilhão de dólares para obras sociais. Maior conglomerado industrial do país, a companhia também está envolvida em uma série de escândalos de corrupção.

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