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EUA ameaçam barrar pesquisadores estrangeiros

Proposta é ampliar restrições à participação em pesquisas estratégicas para pessoas nascidas em países como China e Irã, ainda que sejam naturalizadas no Canadá ou no Reino Unido, por exemplo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O governo dos Estados Unidos prepara regras que vão restringir a participação de chineses e outros estrangeiros em pesquisas de alto nível no país. O plano já mobilizou intensa oposição de universidades e empresas americanas. A motivação de quem deseja fechar as portas dos laboratórios para estrangeiros é o medo de espionagem.

Há nos Estados Unidos 150 000 estudantes chineses. Oficiais do aparato de segurança americano temem que alguns deles sejam instrumentalizados por Pequim para obter segredos sobre tecnologias avançadas e com potencial de uso militar.

Atualmente, companhias e centros de pesquisa precisam obter uma licença do governo caso aceitem em seus quadros cidadãos de "países controlados" -- especialmente China, Coréia do Norte e Irã. Mas são dispensados da autorização caso estrangeiros (mesmo os oriundos de países suspeitos) tenham obtido cidadania de países com os quais os Estados Unidos trocam tecnologia livremente. Assim, um chinês que tenha se naturalizado canadense ou britânico não precisa ser autorizado para participar de pesquisas estratégicas.

A proposta, informa o diário britânico Financial Times, é ampliar as restrições para qualquer pessoa nascida em países hostis ou ameaçadores, mesmo que sejam cidadãos de países insuspeitos. As universidades estão iradas com essa possibilidade. O número de matrículas de estudantes estrangeiros está em queda desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, em função das restrições mais rigorosas para concessão de visto.

"A conseqüência mais alarmante dessa regra será um substancial impacto negativo na atração dos melhores e mais brilhantes, de todas as partes do mundo, para participar de pesquisa básica e aplicada, que é de extraordinário valor social e econômico para o país", afirma ao Financial Times Robert Goldston, da Universidade de Princeton.

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