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Volume de pedidos de falência surpreende bancos americanos

Muitas empresas correram para protocolar seus requerimentos antes que a nova lei de falências americana, mais restritiva, entrasse em vigor neste mês

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

Os bancos americanos se surpreenderam com o grande número de pedidos de falência protocolados nos dias anteriores à entrada em vigor da nova lei de falências dos Estados Unidos, que torna mais severas as condições de renegociação de dívidas e recuperação judicial. Nos dez dias anteriores a 17 de outubro quando a lei começou a vigorar mais de 500 000 pedidos foram apresentados às cortes do país. O volume representa um terço de todos os requerimentos registrados em 2004.

"Já esperávamos uma bolha de pedidos, mas ela foi muito maior do que pensávamos", afirmou James Dimon, presidente do J.P. Morgan Chase. A corrida para solicitar a recuperação judicial antes da vigência da nova lei gerou perdas financeiras para os bancos. Nos últimos dias, os cinco maiores bancos americanos em emissão de cartões de crédito informaram que o aumento dos pedidos de falência cortou centenas de milhões de dólares de seus lucros no terceiro trimestre.

Com dezenas de milhares de petições ainda por chegar, devido ao impacto do furacão Katrina, a onda de pedidos poderá gerar uma perda de bilhões de dólares para as instituições financeiras até o final do ano, de acordo com o jornal americano The New York Times. "Está claro que teremos algumas perdas no curto prazo", afirmou o diretor financeiro do Citigroup, Sallie Krawcheck.

Nos últimos oito anos, os bancos americanos pressionaram o governo para tornar mais rigorosas as condições de ingresso no Capítulo 11, a lei americana de recuperação judicial. Apesar das perdas imediatas, as instituições apostam que as novas restrições trarão ganhos no futuro. Entre outras medidas, a nova lei aumentou o custo para solicitar a recuperação, elevou o poder de negociação dos credores em relação a dívidas pendentes, e restringiu o prazo para que as empresas apresentem seus planos de reestruturação.

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