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GM e sindicato fecham acordo para cortar benefícios

Plano, que ainda precisa ser aprovado pelos trabalhadores, pretende reduzir em 15 bilhões de dólares os gastos da companhia com saúde

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A General Motors (GM) fechou um acordo com o Union Auto Workers, maior sindicato americano de trabalhadores do setor automotivo, para cortar os gastos com planos de saúde e previdência privada de seus funcionários. Atualmente, as despesas anuais da montadora com saúde chegam a 77 bilhões de dólares. O plano, que ainda precisa ser aprovado pelos empregados, pretende abatê-las em cerca de 15 bilhões de dólares.

A empresa afirmou que continuará trabalhando com os sindicatos para reduzir os custos nessa área, mas, em comunicado, a montadora cobrou uma postura "pró-ativa" do governo americano, com vistas à solução do que chamou de "crise do sistema de saúde dos Estados Unidos" (se você é assinante, leia ainda reportagem de EXAME sobre o insustentável custo da saúde para as empresas).

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Segundo o americano The Wall Street Journal, o acordo afetará 750 000 pessoas, entre empregados, aposentados e dependentes da GM. Nos últimos meses, a companhia já havia tomado algumas atitudes para conter os gastos, como o aumento da parcela de co-participação dos funcionários nos planos de saúde.

Outras medidas

A GM divulgou, nesta segunda-feira (17/10), um prejuízo líquido de 1,6 bilhão de dólares no terceiro trimestre, em contraste com o lucro de 440 milhões no mesmo período do ano passado. Mesmo o crescimento de 5,2% nas receitas, que alcançaram 47,2 bilhões de dólares entre julho e setembro, não evitou o prejuízo. O resultado de hoje aprofunda a crise da montadora, que já havia sofrido perdas de 1,4 bilhão de dólares no primeiro semestre.

Além de conter as despesas com saúde, a GM anunciou também planos para cortar os gastos operacionais que incluem a demissão de 25 000 funcionários ou mais. A empresa promete detalhar a reestruturação até o final do ano. Espera-se que esses cortes abatam emcerca de 5 bilhões de dólares por ano as despesas operacionais.

A montadora também planeja diminuir em 2 bilhões de dólares, no próximo ano, os dispêndios com matérias-primas, apesar das perspectivas de aumento de preços dos insumos. A GM não detalhou como pretende conseguir essa economia, mas afirmou que está trabalhando para obter "melhorias significativas nos produtos".

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