Minc e Tarso querem fundo contra crimes ambientais
Projeto encaminhado ao Congresso Nacional deverá financiar o combate ao desmatamento na Amazônia
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Justiça, Tarso Genro, assinaram hoje (9) proposta de projeto de lei (PL) a ser encaminhada ao Congresso Nacional para criação de um fundo de pelo menos R$ 500 milhões por ano para financiar o combate a crimes ambientais.
O PL institucionaliza a Comissão Interministerial no Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia) e cria o Fundo de Proteção Ambiental para financiar as ações do grupo, que reúne Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e outras instituições.
Segundo Minc, o dinheiro virá da arrecadação de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Fundo Nacional de Segurança Pública e do recém-criado Fundo Nacional de Mudanças Climáticas.
Não temos um estimativa prática, mas seguramente será mais de R$ 500 milhões por ano, disse o ministro ao comentar o volume de recursos do fundo.
Pelo menos metade dos recursos deverá ser investida nas forças policiais dos estados, para fortalecimento e criação de batalhões ambientais.
É uma forma de garantir o protagonismo das forças estaduais, que muitas vezes não tem recursos, afirmou o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri. O fundo dará condições concretas para que essa intervenção seja decisiva e permanente, completou.
Minc atribuiu ao trabalho articulado dos dois ministérios a queda nas taxas de desmatamento na Amazônia e disse que a consolidação da comissão será necessária para que haja redução do desmate em outros biomas. Os ministros não informaram quando a proposta será enviada ao Congresso Nacional.
A cerimônia, em tom de despedida do ministro Tarso Genro, que deixa hoje (9) o governo para concorrer s eleições estaduais no Rio Grande do Sul, foi marcada pela troca de elogios entre os ministros. Minc chamou o titular da Justiça de ecoministro e ouviu de Tarso que é um ministro muito generoso.