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Mídia venezuelana fala pouco de prisão de parentes de Maduro

A grande maioria dos venezuelanos nem sequer ouviu falar sobre acusados de tráfico de cocaína

Nicolás Maduro. presidente venezuelano: a prisão de dois sobrinhos da mulher de Maduro só ganhou a primeira página de um jornal (Miraflores Palace/Handout via Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2015 às 09h39.

Caracas - A prisão de dois parentes do presidente da Venezuela , o socialista Nicolás Maduro , acusados de tráfico de cocaína, foi um embaraço internacional para ele e seu governo.

No entanto, a grande maioria dos venezuelanos nem sequer ouviu falar sobre as prisões no Haiti ou as acusações formuladas posteriormente por autoridades norte-americanas, já que os jornais locais em grande parte ignoraram a história e os cidadãos estão mais preocupados em encontrar alimentos e medicamentos em meio a uma grave escassez de produtos básicos.

"Eu não fazia ideia!", disse a estudante de biologia Grecia Mayor, de 21 anos, arregalando os olhos enquanto estava diante de um supermercado de Caracas.

"Francamente, não me surpreende", disse ela, recuperando-se rapidamente. "Eles estão fazendo tudo errado".

Em meio a uma das piores crises econômicas da história do país, muitos venezuelanos passam horas em filas em busca de itens escassos, que variam de carne a antibióticos, pelo fato de o modelo estatal não ter capacidade de fornecer o básico à população.

Essa luta diária, bem como a inflação galopante e uma das maiores taxas de homicídio do mundo, é desgastante para boa parte dos venezuelanos.

A prisão de dois sobrinhos da mulher de Maduro só ganhou a primeira página de um jornal de âmbito nacional, o El Nacional.

O El Universal, outro jornal de repercussão, publicou uma reportagem online, mas não mencionou que os dois –Franqui Francisco Flores de Freitas, de 30 anos, e Efrain Antonio Campo Flores, de 29– fazem parte do círculo familiar de Maduro.

Outros jornais de destaque deram destaque para a decisão do governo de cortar os preços dos ovos, uma campanha internacional de Maduro para elevar os preços do petróleo e o beisebol.

Simpatizantes da oposição, em geral mais ricos e mais ativos na Internet, estavam tomando conhecimento do assunto no Twitter ou Facebook, onde a questão provocou alvoroço.

"A notícia não está em nenhum dos jornais locais, mas estamos nas primeiras páginas no resto do mundo!", lamentou a atriz Maria Brito, de 29 anos, que ficou sabendo do escândalo nas mídias sociais.

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No entanto, a grande maioria dos venezuelanos nem sequer ouviu falar sobre as prisões no Haiti ou as acusações formuladas posteriormente por autoridades norte-americanas, já que os jornais locais em grande parte ignoraram a história e os cidadãos estão mais preocupados em encontrar alimentos e medicamentos em meio a uma grave escassez de produtos básicos.

"Eu não fazia ideia!", disse a estudante de biologia Grecia Mayor, de 21 anos, arregalando os olhos enquanto estava diante de um supermercado de Caracas.

"Francamente, não me surpreende", disse ela, recuperando-se rapidamente. "Eles estão fazendo tudo errado".

Em meio a uma das piores crises econômicas da história do país, muitos venezuelanos passam horas em filas em busca de itens escassos, que variam de carne a antibióticos, pelo fato de o modelo estatal não ter capacidade de fornecer o básico à população.

Essa luta diária, bem como a inflação galopante e uma das maiores taxas de homicídio do mundo, é desgastante para boa parte dos venezuelanos.

A prisão de dois sobrinhos da mulher de Maduro só ganhou a primeira página de um jornal de âmbito nacional, o El Nacional.

O El Universal, outro jornal de repercussão, publicou uma reportagem online, mas não mencionou que os dois –Franqui Francisco Flores de Freitas, de 30 anos, e Efrain Antonio Campo Flores, de 29– fazem parte do círculo familiar de Maduro.

Outros jornais de destaque deram destaque para a decisão do governo de cortar os preços dos ovos, uma campanha internacional de Maduro para elevar os preços do petróleo e o beisebol.

Simpatizantes da oposição, em geral mais ricos e mais ativos na Internet, estavam tomando conhecimento do assunto no Twitter ou Facebook, onde a questão provocou alvoroço.

"A notícia não está em nenhum dos jornais locais, mas estamos nas primeiras páginas no resto do mundo!", lamentou a atriz Maria Brito, de 29 anos, que ficou sabendo do escândalo nas mídias sociais.

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