México reduz relações com Venezuela e chama embaixadora para consultas
País disse que não reconhece a legitimidade da eleição venezuelana por pleito não cumprir padrões internacionais de processos democráticos
EFE
Publicado em 21 de maio de 2018 às 16h14.
Cidade do México - O México anunciou nesta segunda-feira que, após não reconhecer os resultados das eleições presidenciais do último domingo na Venezuela , reduzirá o nível de relações entre os governos e chamou para consultas a embaixadora em território venezuelano, Eréndira Paz.
"Não se reconhece a legitimidade do processo eleitoral desenvolvido na República Bolivariana da Venezuela por não cumprir os padrões internacionais de um processo democrático, livre, justo e transparente", informou a Secretaria de Relações Exteriores mexicana (SRE) em boletim.
Como consequência e em conformidade com as medidas anunciadas na Declaração do Grupo de Lima emitida nesta segunda-feira em relação com a situação na Venezuela, o governo do México adotou uma série de medidas.
Primeiramente, a embaixadora Eréndira Paz Campos foi chamada para consultas e uma reunião foi marcada com embaixadora da Venezuela no México, María Lourdes Urbaneja, para expressar o ponto de vista do governo mexicano.
Além disso, a SRE anunciou que foram reduzidas "ao mínimo" as atividades culturais e de cooperação bilateral, inclusive a militar, e que estão suspensas "até novo aviso" as visitas de alto nível à Venezuela.
Da mesma maneira, o governo mexicano emitirá um alerta aos setores financeiro e bancário mexicanos sobre "o risco no qual podem incorrer se forem realizadas operações com o governo da Venezuela que não contem com o aval da Assembleia Nacional".
Isso inclui convênios de pagamentos e créditos recíprocos por operações de comércio exterior (incluindo bens militares e de segurança).
"O México se manterá atento à evolução dos acontecimentos na Venezuela e continuará buscando, tanto em nível bilateral como multilateral, contribuir para a restauração da institucionalidade democrática, o respeito dos direitos humanos e a plena vigência do estado de direito nesse país", concluiu a SRE.
Maduro foi reeleito para outros seis anos de mandato no domingo, em eleições criticadas e denunciadas por fraude pela oposição venezuelana e diversos países.