Gaza - Pelo menos 51 palestinos morreram em Gaza desde que ontem à noite o exército israelense empreendeu uma operação terrestre contra a faixa, informaram à Agência Efe fontes de Saúde. Segundo Ashraf al Qedra, porta-voz de emergências de Gaza, entre os mortos há mais dez crianças.

Nesta mesma tarde, oito membros de uma mesma família morreram quando um obus caiu sobre sua casa na cidade de Beit Hanoun, uma das mais bombardeadas no início da noite no norte de Gaza. Horas antes, outros três adolescentes de entre 12 e 16 anos haviam sido mortos por um obus lançado de um carro de combate.

Desde que à noite as forças israelenses lançaram dezenas de foguetes sobre os bairros do norte e do leste da Cidade de Gaza, que foram bombardeados intensamente tanto pela Marinha de Guerra, no oeste, como pelos blindados posicionados perto da fronteira. Além disso, quatro crianças morreram em ações semelhantes sobre o leste da Faixa.

No sul, quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas em bombardeios sobre a cidade de Khan Yunes, outra das mais castigadas por terra, mar e ar durante a ofensiva atual.

Também foi informado sobre uma dezena de mortos em bombardeios sobre a cidade de Rafáh, vizinha à fronteira com o Egito.

A artilharia israelense começou nesta noite a bombardear intensamente o norte e o leste de Gaza das posições de combate que enviou ao interior da faixa, a poucos quilômetros da fronteira.

Ao cair a noite, a artilharia lançou dezenas de foguetes que iluminaram o bairro de Zaitum, uma das fortificações do movimento islamita Hamas e do grupo radical palestino Jihad Islâmica.

Em seguida, unidades de artilharia e aviões de combate abriram fogo contra esta empobrecida zona, uma das mais castigadas da cidade de Gaza.

O exército israelense empreendeu na quinta-feira sua segunda incursão terrestre em Gaza (dentro da operação 'Limite protetor') desde que em 2007 o Hamas ficou com seu controle político e militar.

A incursão faz parte de uma grande ofensiva lançada em 8 de julho na qual já morreram mais de 290 pessoas, na maioria civis, cerca de 80 delas crianças.