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Macron diz não ter certeza de que Trump irá manter acordo nuclear do Irã

Presidente francês visitou Washington na semana passada na esperança de persuadir Trump a não reinstaurar sanções contra o Irã

Macron: presidente francês disse nesta quarta-feira que não sabe se Donald Trump irá se ater ao acordo nuclear firmado em 2015 com o Irã (Eric Feferberg/Pool/Reuters)

Macron: presidente francês disse nesta quarta-feira que não sabe se Donald Trump irá se ater ao acordo nuclear firmado em 2015 com o Irã (Eric Feferberg/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2018 às 09h42.

Última atualização em 2 de maio de 2018 às 09h44.

Sydney - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira que não sabe se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá se ater ao acordo nuclear firmado em 2015 com o Irã, que muitos no Ocidente veem como a melhor esperança de impedir Teerã de obter uma bomba nuclear.

Macron visitou Washington na semana passada na esperança de persuadir Trump a não reinstaurar sanções contra o Irã e colocar o acordo em risco, mas a Casa Branca não pareceu convencida.

Segundo o acordo, Teerã concordou em limitar seu programa nuclear em troca da suspensão das sanções dos EUA e outras punições econômicas. O acordo foi assinado por China, EUA, França, Reino Unido, Rússia, Alemanha e Irã.

"Não sei se o que o presidente dos EUA decidirá no dia 12 de maio", disse Macron a repórteres em Sydney depois de se reunir com o primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, durante uma visita rara de um presidente da França à Austrália.

Na terça-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que o acordo para limitar o desenvolvimento iraniano de armas nucleares foi acertado sob pretextos falsos porque o programa nuclear do regime estava mais avançado do que este indicou à época.

Macron disse ter abordado a ideia de um acordo muito mais amplo com Trump, o que foi recebido "muito positivamente"."Só quero dizer que, seja qual for a decisão, teremos que preparar uma negociação tão mais ampla e um acordo mais amplo porque acho que ninguém quer uma guerra na região, e ninguém quer uma escalada em termos de tensão na região", acrescentou Macron.

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