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Líder da oposição socialista da Espanha renuncia pós eleição

Partido de Alfredo Pérez Rubalcaba teve o pior resultado da história nas eleições de domingo e um novo grupo rival de esquerda conseguiu 8% dos votos


	Alfredo Pérez Rubalcaba: socialistas perderam 9 de seus 23 assentos no Parlamento Europeu
 (Wikimedia Commons)

Alfredo Pérez Rubalcaba: socialistas perderam 9 de seus 23 assentos no Parlamento Europeu (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 12h27.

Madri - O líder da oposição socialista da Espanha, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse nesta segunda-feira que estava deixando o cargo depois que seu partido teve o pior resultado da história nas eleições de domingo e um novo grupo rival de esquerda conseguiu 8 por cento dos votos.

Eleitores cansados da recessão, descontentes com os cortes de salários no setor público, demissões e escândalos de corrupção também puniram o governista Partido Popular, de centro-direita.

Os socialistas perderam 9 de seus 23 assentos no Parlamento Europeu, enquanto o partido do governo perdeu 8 de seus 24 assentos. Juntas, as duas legendas, que dominam a política espanhola desde que o país voltou à democracia em 1970, receberam menos de 50 por cento dos votos.

"É claro que não recuperamos a confiança dos eleitores", disse Rubalcaba em uma entrevista coletiva televisionada. "É preciso que haja uma nova liderança que promova essa mudança." Rubalcaba, que já foi vice primeiro-ministro, ministro da Justiça e professor de química, disse que estava decepcionado pelos espanhóis terem se voltado para outros grupos de esquerda.

Os socialistas vão escolher novos líderes em uma reunião extraordinária em 19 e 20 de julho, ele disse. O partido informou que vai realizar a sua primeira prévia aberta neste ano, antes das eleições gerais previstas para o início de 2016, em um esforço para reconquistar os eleitores.

Um novo partido de esquerda liderado pelo professor universitário Pablo Iglesias, de 35 anos, foi o grande vencedor nas eleições europeias da Espanha, no domingo, conseguindo 8 por cento dos votos e cinco assentos no Parlamento Europeu.

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