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Líbia vota sobre governo de unidade para tirar país do caos

Em janeiro passado a câmara rejeitou uma primeira proposta de um governo de 32 membros, um número que considerou excessivo

Líbia: em janeiro passado a câmara rejeitou uma primeira proposta de um governo de 32 membros, um número que considerou excessivo (Mahmud Turkia / AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 13h08.

O Parlamento líbio se pronunciará novamente nesta segunda-feira sobre um governo de unidade nacional para tentar tirar o país do caos e frear a ascensão dos jihadistas do Estado Islâmico (EI).

O chamado Conselho da Presidência, auspiciado pela ONU e formado por facções rivais, anunciou no domingo uma nova composição do governo que agora precisará ser aprovada pelo Parlamento.

Em janeiro passado a câmara rejeitou uma primeira proposta de um governo de 32 membros, um número que considerou excessivo.

Desde a queda em 2011 de Muanmar Kadhafi, a Líbia está dividida em milícias rivais que lutam pelo poder.

O país norte-africano, rico em petróleo, também se converteu em refúgio para os jihadistas do EI.

A votação do Parlamento líbio reconhecido internacionalmente, com sede na cidade de Tobruk (leste), está prevista para a noite desta segunda-feira.

"Os deputados estão chegando ao Parlamento e estamos preparando tudo. A sessão será realizada hoje", declarou o deputado Ali Takbali à AFP.

A aprovação do novo gabinete, dirigido pelo primeiro-ministro já designado, Fayez al Sarraj, seria um passo decisivo em direção à paz após meses de fracassos diplomáticos.

O enviado da ONU para a Líbia, Martin Kobler, pediu aos membros da câmara (HoR em inglês) que apoiem o novo governo. "A viagem para a paz e a unidade do povo por fim começou", escreveu Kobler na rede social Twitter.

"Agora é crucial que a HoR apoie o governo de unidade nacional. É uma oportunidade única para a paz que não se pode deixar passar", afirmou.

No domingo terminou o prazo de dez dias que o Conselho Presidencial, a entidade encarregada de formar o novo governo no âmbito do processo de paz, tinha para apresentar uma nova composição.

Gabinete de 18 ministros

"Esperamos que seja o início do fim do conflito na Líbia", disse no domingo um de seus membros, Fathi el Mejebri, a partir de Sjirat, no Marrocos, onde ocorrem as reuniões do Conselho.

A nova proposta é um gabinete de 18 ministros no qual Mahdi al Barghati, um militar próximo à administração líbia reconhecida internacionalmente, teria a pasta da Defesa, um dos postos que mais dificultaram as negociações, em particular pela oposição do poderoso general Khalifa Haftar.

Também ocorrem divisões dentro do Conselho e dois de seus nove membros se negaram a apoiar a nova proposta. No entanto, os deputados consultados pela AFP acreditam que ela finalmente será aprovada.

Para conquistá-lo é preciso primeiro que dois terços da câmara vote o acordo em seu conjunto e depois que aprove por maioria simples a confiança no novo governo.

O governo reconhecido internacionalmente tem sede no leste da Líbia desde que em agosto de 2014 uma aliança de milícias, que inclui islamitas, tomou Trípoli, a capital.

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O Parlamento líbio se pronunciará novamente nesta segunda-feira sobre um governo de unidade nacional para tentar tirar o país do caos e frear a ascensão dos jihadistas do Estado Islâmico (EI).

O chamado Conselho da Presidência, auspiciado pela ONU e formado por facções rivais, anunciou no domingo uma nova composição do governo que agora precisará ser aprovada pelo Parlamento.

Em janeiro passado a câmara rejeitou uma primeira proposta de um governo de 32 membros, um número que considerou excessivo.

Desde a queda em 2011 de Muanmar Kadhafi, a Líbia está dividida em milícias rivais que lutam pelo poder.

O país norte-africano, rico em petróleo, também se converteu em refúgio para os jihadistas do EI.

A votação do Parlamento líbio reconhecido internacionalmente, com sede na cidade de Tobruk (leste), está prevista para a noite desta segunda-feira.

"Os deputados estão chegando ao Parlamento e estamos preparando tudo. A sessão será realizada hoje", declarou o deputado Ali Takbali à AFP.

A aprovação do novo gabinete, dirigido pelo primeiro-ministro já designado, Fayez al Sarraj, seria um passo decisivo em direção à paz após meses de fracassos diplomáticos.

O enviado da ONU para a Líbia, Martin Kobler, pediu aos membros da câmara (HoR em inglês) que apoiem o novo governo. "A viagem para a paz e a unidade do povo por fim começou", escreveu Kobler na rede social Twitter.

"Agora é crucial que a HoR apoie o governo de unidade nacional. É uma oportunidade única para a paz que não se pode deixar passar", afirmou.

No domingo terminou o prazo de dez dias que o Conselho Presidencial, a entidade encarregada de formar o novo governo no âmbito do processo de paz, tinha para apresentar uma nova composição.

Gabinete de 18 ministros

"Esperamos que seja o início do fim do conflito na Líbia", disse no domingo um de seus membros, Fathi el Mejebri, a partir de Sjirat, no Marrocos, onde ocorrem as reuniões do Conselho.

A nova proposta é um gabinete de 18 ministros no qual Mahdi al Barghati, um militar próximo à administração líbia reconhecida internacionalmente, teria a pasta da Defesa, um dos postos que mais dificultaram as negociações, em particular pela oposição do poderoso general Khalifa Haftar.

Também ocorrem divisões dentro do Conselho e dois de seus nove membros se negaram a apoiar a nova proposta. No entanto, os deputados consultados pela AFP acreditam que ela finalmente será aprovada.

Para conquistá-lo é preciso primeiro que dois terços da câmara vote o acordo em seu conjunto e depois que aprove por maioria simples a confiança no novo governo.

O governo reconhecido internacionalmente tem sede no leste da Líbia desde que em agosto de 2014 uma aliança de milícias, que inclui islamitas, tomou Trípoli, a capital.

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