Coreia do Norte diz que está pronta para a guerra com os EUA
O líder Kim Jong-un afirmou em seu discurso de comemoração aos 70 anos do Partido dos Trabalhadores que o país está preparado para lutar contra os EUA
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2015 às 11h55.
Pyongyang - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un , garantiu que seu país está preparado para se defender em uma guerra contra os Estados Unidos durante o desfile militar em comemoração aos 70 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, seu primeiro discurso público em dois anos e meio.
A Coreia do Norte "está preparada para lutar em qualquer tipo de guerra provocada pelos EUA", exclamou Kim Jong-um neste sábado, no camarote da Praça Kim Il-sung, no centro da capital Pyongyang, diante de centenas de milhares de pessoas entre autoridades políticas, militares, civis norte-coreanos, jornalistas e visitantes estrangeiros.
Kim, que também defendeu a política Songun (que dá prioridade ao exército), se mostrou seguro e firme em seu discurso em comparação com a última vez em que tinha se pronunciado para as massas.
Desde que chegou ao poder em dezembro de 2011, o ditador só tinha falado em público em abril de 2012 por causa do centenário do nascimento de seu avô, o "presidente eterno" Kim Il-sung.
Kim esteve acompanhado por autoridades políticas do alto escalão da Coreia do Norte no camarote, com destaque para a presença de sua irmã Kim Yo-jong, de 29 anos, considerada uma figura emergente na nova era da dinastia juche, e também do vice-marechal Hwang Pyong-so, o número 2 do regime.
Também estava ao lado do "líder supremo" o chefe de propaganda da China e número 5 na hierarquia de poder de Pequim, Liu Yunshan, que manteve uma reunião com Kim antes do desfile para buscar a reaproximação entre os dois países.
O grande evento norte-coreano do ano durou mais de três horas. A exibição de força militar começou com um desfile de infantaria, no qual milhares de soldados, vários tanques e veículos militares percorreram a praça com passo milimetricamente coordenados. Depois, eles formaram os clássicos mosaicos com os nomes dos Kim e dos principais lemas do regime.
O Exército Popular da Coreia do Norte também mostrou ao mundo projéteis de diversos tamanhos. Entre eles estavam um grande míssil que, segundo especialistas, pode ser capaz de atingir o território continental dos EUA. Além disso, foram exibidas várias plataformas de lançamentos móveis e drones produzidos por Pyongyang.
Outra novidade de destaque foram duas enormes estátuas de Kim Il-Sung e Kim Jong-il, o avô e o pai do atual líder, que percorreram a praça entre aplausos e gestos de lealdade dos presentes.
Devido à grandiosidade do evento, alguns especialistas apontam que este pode ser o maior desfile militar na história da Coreia do Norte.
Na edição deste ano, mais de 100 jornalistas e um elevado número de visitantes de diversos países presenciaram a cerimônia, que é vista como uma demonstração de força, solidez e unidade do Estado comunista em torno de seu líder.
O desfile sofreu um atraso em relação às últimas edições, aparentemente devido à forte chuva que caiu na noite de ontem na capital norte-coreana. O regime, porém, não deu explicações sobre os motivos de o evento ter começado em um horário diferente. EFE
Pyongyang - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un , garantiu que seu país está preparado para se defender em uma guerra contra os Estados Unidos durante o desfile militar em comemoração aos 70 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, seu primeiro discurso público em dois anos e meio.
A Coreia do Norte "está preparada para lutar em qualquer tipo de guerra provocada pelos EUA", exclamou Kim Jong-um neste sábado, no camarote da Praça Kim Il-sung, no centro da capital Pyongyang, diante de centenas de milhares de pessoas entre autoridades políticas, militares, civis norte-coreanos, jornalistas e visitantes estrangeiros.
Kim, que também defendeu a política Songun (que dá prioridade ao exército), se mostrou seguro e firme em seu discurso em comparação com a última vez em que tinha se pronunciado para as massas.
Desde que chegou ao poder em dezembro de 2011, o ditador só tinha falado em público em abril de 2012 por causa do centenário do nascimento de seu avô, o "presidente eterno" Kim Il-sung.
Kim esteve acompanhado por autoridades políticas do alto escalão da Coreia do Norte no camarote, com destaque para a presença de sua irmã Kim Yo-jong, de 29 anos, considerada uma figura emergente na nova era da dinastia juche, e também do vice-marechal Hwang Pyong-so, o número 2 do regime.
Também estava ao lado do "líder supremo" o chefe de propaganda da China e número 5 na hierarquia de poder de Pequim, Liu Yunshan, que manteve uma reunião com Kim antes do desfile para buscar a reaproximação entre os dois países.
O grande evento norte-coreano do ano durou mais de três horas. A exibição de força militar começou com um desfile de infantaria, no qual milhares de soldados, vários tanques e veículos militares percorreram a praça com passo milimetricamente coordenados. Depois, eles formaram os clássicos mosaicos com os nomes dos Kim e dos principais lemas do regime.
O Exército Popular da Coreia do Norte também mostrou ao mundo projéteis de diversos tamanhos. Entre eles estavam um grande míssil que, segundo especialistas, pode ser capaz de atingir o território continental dos EUA. Além disso, foram exibidas várias plataformas de lançamentos móveis e drones produzidos por Pyongyang.
Outra novidade de destaque foram duas enormes estátuas de Kim Il-Sung e Kim Jong-il, o avô e o pai do atual líder, que percorreram a praça entre aplausos e gestos de lealdade dos presentes.
Devido à grandiosidade do evento, alguns especialistas apontam que este pode ser o maior desfile militar na história da Coreia do Norte.
Na edição deste ano, mais de 100 jornalistas e um elevado número de visitantes de diversos países presenciaram a cerimônia, que é vista como uma demonstração de força, solidez e unidade do Estado comunista em torno de seu líder.
O desfile sofreu um atraso em relação às últimas edições, aparentemente devido à forte chuva que caiu na noite de ontem na capital norte-coreana. O regime, porém, não deu explicações sobre os motivos de o evento ter começado em um horário diferente. EFE