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Kerry tenta melhorar relações com sauditas

Secretário norte-americano se reuniu com o rei Abdullah e elogiou o caráter estratégico e duradouro da aliança, mas as tensões são evidentes

John Kerry durante coletiva de imprensa conjunta com o o chanceler saudita, príncipe Saud al-Faisal, em Riad, capital da Arábia Saudita (Faisal Al Nasser/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 19h31.

Riad - O secretário norte-americano de Estado, John Kerry , se reuniu na segunda-feira com o rei Abdullah e elogiou o caráter estratégico e duradouro da aliança dos Estados Unidos com a Arábia Saudita , mas as tensões por causa da Síria e de outras questões claramente afetam essa relação iniciada há quase 70 anos.

Kerry visitou a potência petrolífera do golfo Pérsico com a missão de aplacar desentendimentos que envolvem também as relações dos EUA com o Irã, o Egito e os palestinos. Apesar da demonstração pública de amizade, diferenças importantes permanecem.

Essa é a primeira visita desde que a Arábia Saudita manifestou insatisfação com a decisão dos EUA de não bombardear a Síria, graças a um acordo que levou ao desmantelamento do arsenal químico de Damasco. Um príncipe saudita afirmou na época que Riad cogitava uma "grande mudança" no sentido de se distanciar de Washington.

As preocupações sauditas se baseiam também em parte no temor de que a aproximação atual entre os governos dos EUA e do Irã permita que a República Islâmica - maior rival regional da Arábia Saudita - amplie sua influência nos países árabes.

Aparentemente tentando mostrar aos sauditas que os EUA partilham das suas preocupações, Kerry reiterou ser favorável a que o presidente sírio, Bashar al Assad, deixe o poder, e insistiu que os EUA não permitirão que o Irã desenvolva armas nucleares.

Os EUA e outras potências mundiais atualmente negociam um acordo para atenuar as sanções ao Irã em troca de garantias de que o país abandonará atividades nucleares que possam ter finalidades militares. Teerã insiste no caráter pacífico das suas atividades.

Kerry disse ter deixado claro aos líderes sauditas que a negociação com o Irã não interferirá nas relações entre EUA e Arábia Saudita, e que "não haverá surpresas" para o reino.

O secretário e seu homólogo saudita, o príncipe Saud al Faisal, disseram que as recentes discordâncias envolveram questões táticas, e não os objetivos finais.

Além de visitar Riad, Jerusalém e Belém, na Cisjordânia, Kerry também visitará Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, a Argélia e o Marrocos na atual viagem.

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Riad - O secretário norte-americano de Estado, John Kerry , se reuniu na segunda-feira com o rei Abdullah e elogiou o caráter estratégico e duradouro da aliança dos Estados Unidos com a Arábia Saudita , mas as tensões por causa da Síria e de outras questões claramente afetam essa relação iniciada há quase 70 anos.

Kerry visitou a potência petrolífera do golfo Pérsico com a missão de aplacar desentendimentos que envolvem também as relações dos EUA com o Irã, o Egito e os palestinos. Apesar da demonstração pública de amizade, diferenças importantes permanecem.

Essa é a primeira visita desde que a Arábia Saudita manifestou insatisfação com a decisão dos EUA de não bombardear a Síria, graças a um acordo que levou ao desmantelamento do arsenal químico de Damasco. Um príncipe saudita afirmou na época que Riad cogitava uma "grande mudança" no sentido de se distanciar de Washington.

As preocupações sauditas se baseiam também em parte no temor de que a aproximação atual entre os governos dos EUA e do Irã permita que a República Islâmica - maior rival regional da Arábia Saudita - amplie sua influência nos países árabes.

Aparentemente tentando mostrar aos sauditas que os EUA partilham das suas preocupações, Kerry reiterou ser favorável a que o presidente sírio, Bashar al Assad, deixe o poder, e insistiu que os EUA não permitirão que o Irã desenvolva armas nucleares.

Os EUA e outras potências mundiais atualmente negociam um acordo para atenuar as sanções ao Irã em troca de garantias de que o país abandonará atividades nucleares que possam ter finalidades militares. Teerã insiste no caráter pacífico das suas atividades.

Kerry disse ter deixado claro aos líderes sauditas que a negociação com o Irã não interferirá nas relações entre EUA e Arábia Saudita, e que "não haverá surpresas" para o reino.

O secretário e seu homólogo saudita, o príncipe Saud al Faisal, disseram que as recentes discordâncias envolveram questões táticas, e não os objetivos finais.

Além de visitar Riad, Jerusalém e Belém, na Cisjordânia, Kerry também visitará Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, a Argélia e o Marrocos na atual viagem.

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