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Japão tem 93% de seus reatores ainda paralisados depois de crise nuclear

País que obtinha um terço de sua eletricidade das centrais atômicas antes do acidente foi obrigado a gerar grande parte de sua energia elétrica em suas usinas térmicas

O acidente em Fukushima levou à parada de diversos reatores no país, aos quais foram se somando outros que interromperam suas atividades devido às revisões legais (Getty Images)

O acidente em Fukushima levou à parada de diversos reatores no país, aos quais foram se somando outros que interromperam suas atividades devido às revisões legais (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 06h00.

Tóquio - Com a paralisação do reator 5 da usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, em Niigata, o Japão conta apenas com cinco de seus 54 reatores em funcionamento, ou seja, 93% deles permanecem detidos após a crise em Fukushima.

A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da central de Niigata, anunciou a paralisação para revisar o reator 5 da usina nuclear, informou a cadeia japonesa 'NHK'.

A Tepco, também operadora da acidentada usina de Fukushima, epicentro da crise nuclear, conta agora apenas com a unidade 6 de Niigata para fornecer eletricidade à região metropolitana de Tóquio, na qual vivem cerca de 30 milhões de habitantes.

O acidente de 11 de março em Fukushima levou à parada, como medida de segurança, de diversos reatores no país, aos quais posteriormente foram se somando outros que interromperam suas atividades devido às revisões previstas por lei.

O Japão, que obtinha cerca de um terço de sua eletricidade das centrais atômicas antes do acidente, é um país com uma grande dependência energética do exterior e foi obrigado a gerar grande parte de sua energia elétrica em suas usinas térmicas.

Nenhum dos reatores paralisados tem autorização para retomar suas operações até superar os testes de resistência exigidos pelo Governo japonês e obter o sinal verde das administrações locais, até agora contrárias à reativação.

Neste sentido, especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estão desde segunda-feira no Japão para se reunir com as autoridades japonesas e avaliar a segurança das usinas japonesas. EFE

jpf/pa

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