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Irã prende supostos membros do EI após ataques em Teerã

Neste sábado, foram detidas mais sete pessoas acusadas de darem apoio aos autores do ataque

Fotografia ilustrativa da bandeira do Estado Islâmico (Dado Ruvic, Reuters) (Dado Ruvic/Reuters)

Fotografia ilustrativa da bandeira do Estado Islâmico (Dado Ruvic, Reuters) (Dado Ruvic/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2017 às 10h33.

Teerã, 10 (AE) - Autoridades do Irã já prenderam dezenas de supostos membros do Estado Islâmico, na luta contra o grupo extremista após os mortíferos ataques desta semana no coração da capital iraniana. Neste sábado, foram detidas mais sete pessoas acusadas de darem apoio aos autores do ataque, segundo o site da televisão estatal.

As prisões ocorreram na província de Alborz, no norte iraniano. Na sexta-feira, o Ministério da Inteligência informou que 41 pessoas já haviam sido colocadas sob custódia, mas sem indicar se elas estavam envolvidas no ataque coordenado da quarta-feira que deixou 17 mortos, na primeira ação do Estado Islâmico em solo iraniano. Os cinco autores do ataque foram mortos.

O governo iraniano disse que recebeu a cooperação de famílias de alguns dos supostos militantes detidos na sexta-feira. Ele informou também ter capturado um grande número de armas, materiais para fabricação de bombas, cintos explosivos e aparelhos de comunicação, além de ter identificado vários esconderijos no noroeste iraniano.

Os ataques da quarta-feira foram realizados por homens armados e suicidas em dois locais muito protegidos de Teerã: o Parlamento e o mausoléu do aiatolá Ruhollah Khomeini, líder da Revolução Iraniana de 1979 e fundador da República Islâmica. O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pela ação e no dia seguinte autoridades locais disseram acreditar que o grupo de fato estava por trás do ataque.

Um grupo muçulmano sunita fundamentalista, o Estado Islâmico vê os xiitas como apóstatas. Em mensagem, o grupo afirmou que os ataques da quarta-feira eram "o início de operações ainda maiores que faremos no Irã", segundo a agência de notícias Amaq.

O episódio deve aumentar a pressão sobre o presidente Hassan Rouhani para que ele acabe com falhas na segurança no país. A poderosa Guarda Revolucionária afirmou que a culpa pelo ataque recai no fim das contas sobre a Arábia Saudita, principal rival regional de Teerã. A Guarda Revolucionária acusa os sauditas de apoiarem o terrorismo. O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, negou as alegações e condenou os ataques.

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