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Homicídios diminuem no Equador após mobilização de militares nas ruas

Comandante da polícia afirmou que a média de assassinatos foi de 27,6 por dia, na primeira semana do ano

Soldados montam guarda em um posto de controle durante uma operação conjunta entre a Polícia Nacional do Equador (Paola Lopez e Santiago Piedra Silva/AFP)

Soldados montam guarda em um posto de controle durante uma operação conjunta entre a Polícia Nacional do Equador (Paola Lopez e Santiago Piedra Silva/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 18h24.

Última atualização em 23 de janeiro de 2024 às 18h55.

Os homicídios diários no Equador diminuíram de 27 para 11 desde que militares foram destacados nas ruas há duas semanas para conter uma ofensiva de facções do narcotráfico, informaram autoridades nesta terça-feira, 23.

Como resultado da declaração de estado de exceção em 8 de janeiro, há uma "tendência de queda nas mortes violentas, com uma média de 10,8 [crimes] diários", disse em coletiva de imprensa conjunta o comandante da polícia, César Zapata.

Ele acrescentou que, entre 1º e 8 de janeiro, a média de assassinatos foi de 27,6 por dia.

O presidente Daniel Noboa mobilizou as forças militares e impôs um toque de recolher noturno por 60 dias após a fuga da prisão de Adolfo Macías, conhecido como Fito, chefe da temida e principal facção criminosa do Equador, a Los Choneros.

As organizações criminosas responderam com uma violenta investida que incluiu o sequestro de mais de 200 policiais e agentes penitenciários, ataques com explosivos e a ocupação armada de uma emissora de televisão em Guayaquil (sudoeste).

Nesse contexto, o mandatário declarou um "conflito armado interno" e ordenou aos soldados "neutralizar" uma dezena de organizações narcotraficantes que ele classificou como "terroristas".

O Equador conta com o apoio dos Estados Unidos para combater as facções criminosas que geram insegurança no país.

No meio da visita de chefes militares e de combate às drogas dos EUA, chegou ao país um avião Antonov com carga militar, que não foi detalhada pelas autoridades nacionais.

A embaixada dos Estados Unidos em Quito afirmou na rede social X que Washington forneceu 20 mil coletes à prova de balas, US$ 1 milhão em equipamentos de segurança. Também informou que o pessoal do FBI colabora com a polícia e com as Forças Armadas equatorianas.

Como resultado da operação antidrogas em andamento, o país apreendeu 35 toneladas de drogas, das quais 22 toneladas foram encontradas em um único depósito no último domingo.

De acordo com o almirante Jaime Vela, chefe do comando conjunto das Forças Armadas, os militares assumiram o controle das dez prisões mais violentas do país. De lá, foram retiradas armas, drogas, explosivos e até mesmo redes de cabos de internet e sinal de televisão.

Ao mesmo tempo, os militares continuam rastreando Fito, que cumpria pena de 34 anos por assassinato, tráfico de drogas e crime organizado.

"Estamos cada vez mais perto e, certamente, Fito está sentindo isso", alertou Vela.

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