Hillary pede ao Paquistão que intensifique esforços contra extremismo
Hillary disse que os EUA acham que Ayman al-Zawahiri, chefe da Al Qaeda, se encontrava no Paquistão
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2012 às 10h50.
Nova Délhi - A secretária americana de Estado, Hillary Clinton , pediu nesta terça-feira ao Paquistão que intensifique seus esforços para lutar contra os grupos extremistas, depois de ter expressado na véspera que pensava que o chefe da Al-Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, estava no país.
A chefe da diplomacia americana terminou nesta terça-feira em Nova Délhi um giro asiático que foi presidido por assuntos espinhosos, mas que também conquistou alguns avanços com China e Índia, os dois gigantes emergentes da região.
"Estamos todos de acordo que é preciso combater o extremismo. Esperamos que o governo paquistanês faça mais" a respeito, declarou Hillary em uma coletiva de imprensa em Nova Délhi no fim de sua visita à Índia.
"Tem que garantir que seu território não seja utilizado como plataforma para lançar ataques terroristas, inclusive dentro do Paquistão", prosseguiu Hillary, depois de se reunir com o chefe da diplomacia indiana, S.M. Krishna.
A secretária de Estado acrescentou que os Estados Unidos "cooperavam estreitamente com a Índia em relação às ameaças contra eles", sem dar mais detalhes a respeito.
S.M. Krishna também destacou "a necessidade de uma maior ação contra o terrorismo por parte do Paquistão" e pediu que Islamabad coloque à disposição da justiça os responsáveis pelos sangrentos atentados de novembro de 2008 em Mumbai.
O grupo extremista Laskar-e-Taiba (LeT), com base no Paquistão, é acusado de ter realizado estes atentados, que deixaram 166 mortos.
Em Calcutá (leste), a secretária de Estado havia declarado na véspera que os Estados Unidos pensavam que Ayman al-Zawahiri, número dois da Al-Qaeda, depois de Osama Bin Laden, e considerado pelos serviços secretos americanos como o ideólogo da rede extremista, se encontrava no Paquistão.
No mês passado, os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 10 milhões de dólares por qualquer informação que permita perseguir o fundador do LeT, o paquistanês Hafiz Saeed, colocando-o na segunda posição na lista dos supostos terroristas mais procurados do mundo, atrás de Zawahiri.
Já o embaixador dos Estados Unidos no Paquistão, Cameron Munter, deixará o cargo nos próximos meses, depois de ter ocupado por dois anos este posto, período marcado por crises que deterioraram as relações bilaterais, informou uma fonte americana.
Munter já estava em funções em maio de 2011 quando um comando militar americano invadiu a casa de Osama Bin Laden em Abbottabad, no norte do Paquistão, em uma operação escondida dos paquistaneses e que alimentou a desconfiança e o rancor entre os dois países formalmente aliados.
Uma fonte americana que pediu o anonimato informou que Munter decidiu renunciar por razões pesoais, e negou as versões da imprensa que indicavam que sua saída estava ligada às relações ruins entre os dois países.
"Ele não foi demitido de suas funções. Apenas decidiu passar para outra coisa", disse a fonte, acrescentando que Munter "sempre manteve boas relações com Ismalabad e com Washington" e que seus superiores no Departamento de Estado não tinham "nenhuma crítica a fazer contra ele".
No entanto, fontes próximas de Munter indicaram que o diplomata estava frustrado ao constatar que a CIA e o Pentágono decidiam a política americana com o Paquistão, e que seu trabalho se limitava a tentar conter a raiva paquistanesa, mais do que definir uma política.
Nova Délhi - A secretária americana de Estado, Hillary Clinton , pediu nesta terça-feira ao Paquistão que intensifique seus esforços para lutar contra os grupos extremistas, depois de ter expressado na véspera que pensava que o chefe da Al-Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, estava no país.
A chefe da diplomacia americana terminou nesta terça-feira em Nova Délhi um giro asiático que foi presidido por assuntos espinhosos, mas que também conquistou alguns avanços com China e Índia, os dois gigantes emergentes da região.
"Estamos todos de acordo que é preciso combater o extremismo. Esperamos que o governo paquistanês faça mais" a respeito, declarou Hillary em uma coletiva de imprensa em Nova Délhi no fim de sua visita à Índia.
"Tem que garantir que seu território não seja utilizado como plataforma para lançar ataques terroristas, inclusive dentro do Paquistão", prosseguiu Hillary, depois de se reunir com o chefe da diplomacia indiana, S.M. Krishna.
A secretária de Estado acrescentou que os Estados Unidos "cooperavam estreitamente com a Índia em relação às ameaças contra eles", sem dar mais detalhes a respeito.
S.M. Krishna também destacou "a necessidade de uma maior ação contra o terrorismo por parte do Paquistão" e pediu que Islamabad coloque à disposição da justiça os responsáveis pelos sangrentos atentados de novembro de 2008 em Mumbai.
O grupo extremista Laskar-e-Taiba (LeT), com base no Paquistão, é acusado de ter realizado estes atentados, que deixaram 166 mortos.
Em Calcutá (leste), a secretária de Estado havia declarado na véspera que os Estados Unidos pensavam que Ayman al-Zawahiri, número dois da Al-Qaeda, depois de Osama Bin Laden, e considerado pelos serviços secretos americanos como o ideólogo da rede extremista, se encontrava no Paquistão.
No mês passado, os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 10 milhões de dólares por qualquer informação que permita perseguir o fundador do LeT, o paquistanês Hafiz Saeed, colocando-o na segunda posição na lista dos supostos terroristas mais procurados do mundo, atrás de Zawahiri.
Já o embaixador dos Estados Unidos no Paquistão, Cameron Munter, deixará o cargo nos próximos meses, depois de ter ocupado por dois anos este posto, período marcado por crises que deterioraram as relações bilaterais, informou uma fonte americana.
Munter já estava em funções em maio de 2011 quando um comando militar americano invadiu a casa de Osama Bin Laden em Abbottabad, no norte do Paquistão, em uma operação escondida dos paquistaneses e que alimentou a desconfiança e o rancor entre os dois países formalmente aliados.
Uma fonte americana que pediu o anonimato informou que Munter decidiu renunciar por razões pesoais, e negou as versões da imprensa que indicavam que sua saída estava ligada às relações ruins entre os dois países.
"Ele não foi demitido de suas funções. Apenas decidiu passar para outra coisa", disse a fonte, acrescentando que Munter "sempre manteve boas relações com Ismalabad e com Washington" e que seus superiores no Departamento de Estado não tinham "nenhuma crítica a fazer contra ele".
No entanto, fontes próximas de Munter indicaram que o diplomata estava frustrado ao constatar que a CIA e o Pentágono decidiam a política americana com o Paquistão, e que seu trabalho se limitava a tentar conter a raiva paquistanesa, mais do que definir uma política.