Hezbollah comemora resultado eleitoral no Líbano, mas não apresenta dados
O líder xiita comemorou o resultado das eleições parlamentares e disse que o resultado é uma resposta aos que falam do retrocesso da resistência
EFE
Publicado em 7 de maio de 2018 às 13h56.
Beirute - O líder do movimento xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, comemorou nesta segunda-feira os resultados conseguidos pela "resistência" nas eleições parlamentares realizadas ontem no Líbano , em referência ao braço político do grupo, que a imprensa local aponta como o principal ganhador do pleito.
"Não vou me adiantar aos resultados oficiais, mas considero que o objetivo (do Hezbollah) foi alcançado", afirmou Nasrallah em um pronunciamento na televisão.
Além disso, o líder xiita destacou que "os resultados das eleições são a grande resposta a todos os que falam do retrocesso da resistência", isto é, a popularidade do Hezbollah, que está envolvido na guerra síria ao lado do governo do presidente Bashar al Assad.
Além disso, o líder considerou que a realização das eleições em um único dia foi "uma grande conquista para todas as instituições estatais, em primeiro lugar, as forças de segurança".
Por isso, Nasrallah louvou o bom desenvolvimento do pleito e a nova lei eleitoral, que, na sua opinião, permitiu que partidos e indivíduos participem e obtenham representação na Câmara, e destacou que o novo sistema não busca "isolar" nenhum grupo político.
Além disso, o líder do Hezbollah pediu cooperação a todas as forças políticas para que seja possível formar um novo governo no menor tempo possível, a partir do momento em que se conheçam os resultados oficiais, cujo anúncio está previsto para hoje.
Nasrallah garantiu que "o novo parlamento será uma garantia para proteger a resistência e a equação dourada entre o povo, o exército e a resistência", lembrando assim a participação do Hezbollah nas últimas operações contra o terrorismo ao lado das forças oficiais.
Os libaneses compareceram ontem às urnas para renovar o parlamento pela primeira vez depois de nove anos, nos quais o mandato da Câmara foi prolongado pela instabilidade política gerada pela guerra na vizinha Síria.