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Guaidó busca encurralar Maduro com apagão que paralisa a Venezuela

Apagão já paralisa a Venezuela há quatro dias e sobrecarrega a população, à medida que acabam a água e a comida

Guaidó: reconhecido por 50 países como presidente interino da Venezuela, ele vai comandar uma "sessão de emergência" no Congresso (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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AFP

Publicado em 11 de março de 2019 às 15h27.

O opositor Juan Guaidó convocará protestos nesta segunda-feira e irá declarar "emergência nacional", em uma tentativa de encurralar ainda mais o presidente Nicolás Maduro pelo apagão que paralisa a Venezuela há quatro dias e sobrecarrega a população, à medida que acabam a água e a comida.

Guaidó, reconhecido por 50 países como presidente interino da Venezuela, vai comandar uma "sessão de emergência" no Congresso de maioria opositora para insistir na ajuda humanitária, após a tentativa frustrada de entrada de material no país em 23 de fevereiro.

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"Não podemos virar o rosto para a tragédia que nosso país vive. Solicitarei o decreto do estado de emergência nacional", afirmou o presidente do Congresso, que se declarou disposto a autorizar a ação de uma força estrangeira.

O governo prorrogou a suspensão da jornada de trabalho e das aulas nas escolas, anunciada na tarde de quinta-feira, quando teve início o corte de energia elétrica, o pior registrado neste país de 30 milhões de habitantes, que afeta a capital e 22 dos 23 estados por tanto tempo.

O serviço foi restabelecido por curtos períodos em algumas áreas, mas a crise ainda não foi solucionada. A população luta contra o tempo para salvar os alimentos, em um país que sofre com a falta de comida e de remédios, além de uma hiperinflação.

Muitas casas têm cisternas de água porque sempre há racionamento na Venezuela, mas as bombas não funcionam sem energia elétrica. Em Caracas, muitos formam filas em pontos de água no sopé das montanhas de Ávila.

Com a prorrogação da crise, o governo começará a distribuir alimentos e água potável nesta segunda-feira em áreas populares, assim como promete assistência aos hospitais.

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