Exame Logo

Grupo de deputados da oposição é agredido na Venezuela

Centenas de policiais com equipamentos antimotim utilizaram balas de borracha para dispersar as pessoas que estavam na área

Protestos: durante a manifestação, apareceram vários supostos partidários do governo que, entre gritos e golpes, enfrentaram os opositores (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2016 às 16h52.

Caracas - Um grupo de deputados da oposição e alguns de seus partidários foram agredidos nesta quinta-feira por supostos simpatizantes do governo venezuelano , nos arredores do Conselho Nacional Eleitoral.

Centenas de policiais com equipamentos antimotim utilizaram balas de borracha para dispersar as pessoas que estavam na área e o incidente acabou com pelo menos um congressista opositor ferido.

Cerca de 70 deputados da oposição pertencentes a diferentes partidos e alguns apoiadores foram à sede do Conselho Nacional Eleitoral exigir que as autoridades do órgão comecem a validar as 1,8 milhão de assinaturas coletadas a favor do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro. O processo já demora mais de um mês.

Durante a manifestação, apareceram vários supostos partidários do governo que, entre gritos e golpes, enfrentaram os opositores. Um dos feridos foi o deputado Julio Borges, da oposição, que teve lesões no rosto e foi retirado da área por colaboradores.

Com o rosto ensanguentado, Borges disse que os grupos favoráveis ao governo atuaram "com total impunidade" e atacaram os rivais políticos com "tubos", "pedras" e "artefatos explosivos", detonados ao lado dos congressistas.

"Maduro, o que queremos é votos, não se esconda atrás dos militares que não querem reprimir" os grupos favoráveis ao governo, disse Borges.

A oposição tentou na terça-feira fazer uma marcha até o Conselho Nacional Eleitoral, mas centenas de policiais e guardas nacionais bloquearam o ato, com o argumento de que eles não tinham a permissão da prefeitura governista de Caracas.

A polícia e a guarda nacional tem impedido desde o mês passado o avanço da coalizão opositora até o conselho eleitoral.

Os oposicionistas pressionam pela realização da votação popular ainda neste ano, enquanto algumas autoridades descartam que isso seja possível.

Caso o voto ocorra depois de 9 de janeiro de 2017 e Maduro perca, o vice-presidente assumiria o comando do país. A tensão política tende a aumentar os casos de saques e protestos nas ruas por causa da inflação, da falta de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos.

Fonte: Associated Press.

Veja também

Caracas - Um grupo de deputados da oposição e alguns de seus partidários foram agredidos nesta quinta-feira por supostos simpatizantes do governo venezuelano , nos arredores do Conselho Nacional Eleitoral.

Centenas de policiais com equipamentos antimotim utilizaram balas de borracha para dispersar as pessoas que estavam na área e o incidente acabou com pelo menos um congressista opositor ferido.

Cerca de 70 deputados da oposição pertencentes a diferentes partidos e alguns apoiadores foram à sede do Conselho Nacional Eleitoral exigir que as autoridades do órgão comecem a validar as 1,8 milhão de assinaturas coletadas a favor do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro. O processo já demora mais de um mês.

Durante a manifestação, apareceram vários supostos partidários do governo que, entre gritos e golpes, enfrentaram os opositores. Um dos feridos foi o deputado Julio Borges, da oposição, que teve lesões no rosto e foi retirado da área por colaboradores.

Com o rosto ensanguentado, Borges disse que os grupos favoráveis ao governo atuaram "com total impunidade" e atacaram os rivais políticos com "tubos", "pedras" e "artefatos explosivos", detonados ao lado dos congressistas.

"Maduro, o que queremos é votos, não se esconda atrás dos militares que não querem reprimir" os grupos favoráveis ao governo, disse Borges.

A oposição tentou na terça-feira fazer uma marcha até o Conselho Nacional Eleitoral, mas centenas de policiais e guardas nacionais bloquearam o ato, com o argumento de que eles não tinham a permissão da prefeitura governista de Caracas.

A polícia e a guarda nacional tem impedido desde o mês passado o avanço da coalizão opositora até o conselho eleitoral.

Os oposicionistas pressionam pela realização da votação popular ainda neste ano, enquanto algumas autoridades descartam que isso seja possível.

Caso o voto ocorra depois de 9 de janeiro de 2017 e Maduro perca, o vice-presidente assumiria o comando do país. A tensão política tende a aumentar os casos de saques e protestos nas ruas por causa da inflação, da falta de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos.

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaOposição políticaVenezuela

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame