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Grupo Amigos da Síria reconhece legitimidade da oposição

O grupo apela novamente para Assad renunciar

Imagem de uma conferência dos Amigos da Síria em Marrakesh, no Marrocos, em 12 de dezembro: o encontro reúne representantes de 130 países (Fadel Senna/AFP)
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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 12h45.

Marrakesh - Países contrários ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad estão perto de reconhecer a recém-formada coalizão de oposição como a representante legítima do povo sírio, informou um comunicado obtido pela AFP.

"Os participantes reconheceram a Coalizão Nacional como a representante legítima do povo sírio e como a organização guarda-chuva sob a qual os grupos de oposição sírios estão se reunindo", afirmou um comunicado que será aprovado em uma reunião do grupo Amigos da Síria no Marrocos nesta quarta-feira.

A reunião na cidade de Marrakesh reúne representantes de 130 países, incluindo cerca de 60 ministros, a oposição síria e organizações internacionais, para conversar sobre o conflito que atinge a Síria há 21 meses.

Ela ocorre apenas um dia após o presidente Barack Obama ter apoiado a coalizão de oposição como a representante legítima do povo sírio.

Em seu comunicado, o grupo Amigos da Síria apela novamente para Assad renunciar, e ressalta que seu regime não vai escapar das punições por suas violações do direito internacional.

"Bashar al-Assad perdeu legitimidade e deve renunciar para permitir o lançamento de um processo de transição política sustentável".

E alertou para a utilização pelo governo sírio de armas biológicas, afirmando que isso "iria provocar uma resposta séria da comunidade internacional".


O chanceler britânico, William Hague, descreveu o crescente reconhecimento da Coalizão Nacional como "um progresso real".

"Então o importante é canalizar mais assistência para eles - em nosso caso... assistência não letal... e, então, é claro, precisamos de mais ajuda humanitária", disse Hague à imprensa antes do início do encontro.

Sob pressão para se unir, a oposição síria concordou em Doha no dia 11 de novembro a estabelecer a Coalizão Nacional e unir as várias forças rebeldes em um conselho militar supremo.

Mas os rebeldes jihadistas em Aleppo, uma linha de frente chave no norte da Síria, rejeitaram a coalizão, afirmando que desejam um Estado islâmico.

Entre eles estavam a Frente Al-Nusra, que foi colocada na terça-feira pelos Estados Unidos na lista negra como uma organização terrorista, citando ligações com a Al-Qaeda.

Com o número de mortos na guerra civil alcançando os 42 mil, de acordo com uma organização de direitos humanos, a agência de refugiados da ONU afirmou que o número de refugiados sírios que fugiram para os Estados vizinhos e para o norte da África já passa de um milhão.

Os participantes da reunião no Marrocos exigiram em seu comunicado acesso livre para organizações humanitárias trabalhando na Síria, e afirmaram que estavam prontos para "aumentar os fundos para as atividades de socorro da coalizão nacional".

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Marrakesh - Países contrários ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad estão perto de reconhecer a recém-formada coalizão de oposição como a representante legítima do povo sírio, informou um comunicado obtido pela AFP.

"Os participantes reconheceram a Coalizão Nacional como a representante legítima do povo sírio e como a organização guarda-chuva sob a qual os grupos de oposição sírios estão se reunindo", afirmou um comunicado que será aprovado em uma reunião do grupo Amigos da Síria no Marrocos nesta quarta-feira.

A reunião na cidade de Marrakesh reúne representantes de 130 países, incluindo cerca de 60 ministros, a oposição síria e organizações internacionais, para conversar sobre o conflito que atinge a Síria há 21 meses.

Ela ocorre apenas um dia após o presidente Barack Obama ter apoiado a coalizão de oposição como a representante legítima do povo sírio.

Em seu comunicado, o grupo Amigos da Síria apela novamente para Assad renunciar, e ressalta que seu regime não vai escapar das punições por suas violações do direito internacional.

"Bashar al-Assad perdeu legitimidade e deve renunciar para permitir o lançamento de um processo de transição política sustentável".

E alertou para a utilização pelo governo sírio de armas biológicas, afirmando que isso "iria provocar uma resposta séria da comunidade internacional".


O chanceler britânico, William Hague, descreveu o crescente reconhecimento da Coalizão Nacional como "um progresso real".

"Então o importante é canalizar mais assistência para eles - em nosso caso... assistência não letal... e, então, é claro, precisamos de mais ajuda humanitária", disse Hague à imprensa antes do início do encontro.

Sob pressão para se unir, a oposição síria concordou em Doha no dia 11 de novembro a estabelecer a Coalizão Nacional e unir as várias forças rebeldes em um conselho militar supremo.

Mas os rebeldes jihadistas em Aleppo, uma linha de frente chave no norte da Síria, rejeitaram a coalizão, afirmando que desejam um Estado islâmico.

Entre eles estavam a Frente Al-Nusra, que foi colocada na terça-feira pelos Estados Unidos na lista negra como uma organização terrorista, citando ligações com a Al-Qaeda.

Com o número de mortos na guerra civil alcançando os 42 mil, de acordo com uma organização de direitos humanos, a agência de refugiados da ONU afirmou que o número de refugiados sírios que fugiram para os Estados vizinhos e para o norte da África já passa de um milhão.

Os participantes da reunião no Marrocos exigiram em seu comunicado acesso livre para organizações humanitárias trabalhando na Síria, e afirmaram que estavam prontos para "aumentar os fundos para as atividades de socorro da coalizão nacional".

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