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Grécia reabre bancos e começa a pagar credores

As agências bancárias gregas em todo o país abriram suas portas, que estavam fechadas desde 29 de junho

Gregos em fila para saque: A presidente da União de Bancos Gregos e do Banco Nacional da Grécia, Louka Katseli, pediu aos correntistas que voltem a fazer depósitos nos bancos para que o sistema bancário continue solvente (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 10h57.

A Grécia tentava nesta segunda-feira voltar à normalidade econômica com a reabertura dos bancos depois de três semanas de fechamento e o início do processo de pagamento de suas dívidas junto ao BCE e ao FMI .

No mesmo dia, entrou em vigor uma importante alta do IVA.

As agências bancárias gregas em todo o país abriram suas portas, que estavam fechadas desde 29 de junho.

No entanto, o controle de capitais, o limite de saques (60 euros por dia) e as transferências para o exterior (com algumas exceções) continuam vigentes.

A presidente da União de Bancos Gregos e do Banco Nacional da Grécia, Louka Katseli, pediu aos correntistas que voltem a fazer depósitos nos bancos para que o sistema bancário continue solvente.

"Se tirarmos o dinheiro de nossas contas e de nossas casas onde, de qualquer maneira, também não está seguro, e o trouxermos para os bancos, reforçaremos a liquidez da economia", explicou, recordando que cerca de 40 bilhões de euros foram sacados desde dezembro, fragilizando consideravelmente a situação.

IVA sobe 10 pontos

O IVA passou nesta segunda-feira de 13% a 23% para determinados alimentos, para tarifas dos táxis, o preço dos preservativos e serviços funerários.

Por outro lado, se manterá nos atuais níveis para a hotelaria e foi levemente reduzido a 6% para medicamentos, livros e espetáculos.

O governo espera rendas extras anuais de 2,4 bilhões de euros a partir de 2016, e de 795 milhões este ano.

O parlamento grego aprovou na quarta-feira essa alta, incluída em um acordo assinado com os credores há uma semana, em Bruxelas, em troca de um novo plano de ajuda, o terceiro desde 2010.

Em outro sinal de normalização, a Grécia começou nesta segunda-feira o processo de pagamento de 4,2 bilhões de euros que deve ao Banco Central Europeu (BCE), assim como de importantes somas ao Fundo Monetário Internacional (FMI), indicou uma fonte ministerial.

O pagamento está sendo possível depois que a Grécia recebeu na sexta-feira da União Europeia um crédito ponte de 7,16 bilhões de euros.

Apesar de tudo, a chanceler alemã Angela Merkel reiterou no domingo sua oposição a uma "quitação clássica" da dívida grega, ao considerar que isso não é possível dentro da união monetária.

"A Grécia já obteve um alívio. Se a avaliação do programa que deve ser negociado tiver êxito, podemos voltar a conversar sobre isso", enfatizou.

Pela primeira vez em vários meses, os especialistas do Banco Central Europeu, do Fundo Monetário Internacional e da Comissão Europeu, anteriormente conhecidos como "troika", e que simbolizam para os gregos a colocação sob tutela do país, viajarão à Grécia esta semana para avaliar o estado de uma economia castigada pelas restrições financeiras.

Semana crucial para Tsipras

Esta semana também será crucial para o futuro do primeiro-ministro Alexis Tsipras. O acordo de Bruxelas exige que nesta quarta-feira sejam votadas reformas sobre justiça civil e legislação bancária.

Segundo o jornal Avgi, ligado a seu partido, o Syriza, o primeiro-ministro quer converter esse novo voto em uma moção de confiança.

Na quarta-feira passada, perdeu 39 votos dos 49 deputados de seu partido de esquerda depois que certos deputados consideraram que traíram o "não" votado no referendo de 5 de julho, no qual os gregos expressaram sua rejeição às políticas de austeridade.

"O que me preocupa é ver que alguns [dentro de Syriza] continuam afirmando que saindo do euro podemos impedir a austeridade", afirmou o ministro de Estado, Nikos Pappas, braço direito de Tsipras, em declarações ao jornal Ephimerida Ton Syndakton.

Tsipras teve de enfrentar, inclusive, críticas do Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, um dos maiores críticos das medidas de austeridade impostas a Atenas.

Os credores, por sua parte, e assim que superarem suas diferenças, devem colocar em andamento um novo plano de ajuda à Grécia de mais de 80 bilhões de euros.

A Grécia tentava nesta segunda-feira voltar à normalidade econômica com a reabertura dos bancos depois de três semanas de fechamento e o início do processo de pagamento de suas dívidas junto ao BCE e ao FMI .

No mesmo dia, entrou em vigor uma importante alta do IVA.

As agências bancárias gregas em todo o país abriram suas portas, que estavam fechadas desde 29 de junho.

No entanto, o controle de capitais, o limite de saques (60 euros por dia) e as transferências para o exterior (com algumas exceções) continuam vigentes.

A presidente da União de Bancos Gregos e do Banco Nacional da Grécia, Louka Katseli, pediu aos correntistas que voltem a fazer depósitos nos bancos para que o sistema bancário continue solvente.

"Se tirarmos o dinheiro de nossas contas e de nossas casas onde, de qualquer maneira, também não está seguro, e o trouxermos para os bancos, reforçaremos a liquidez da economia", explicou, recordando que cerca de 40 bilhões de euros foram sacados desde dezembro, fragilizando consideravelmente a situação.

IVA sobe 10 pontos

O IVA passou nesta segunda-feira de 13% a 23% para determinados alimentos, para tarifas dos táxis, o preço dos preservativos e serviços funerários.

Por outro lado, se manterá nos atuais níveis para a hotelaria e foi levemente reduzido a 6% para medicamentos, livros e espetáculos.

O governo espera rendas extras anuais de 2,4 bilhões de euros a partir de 2016, e de 795 milhões este ano.

O parlamento grego aprovou na quarta-feira essa alta, incluída em um acordo assinado com os credores há uma semana, em Bruxelas, em troca de um novo plano de ajuda, o terceiro desde 2010.

Em outro sinal de normalização, a Grécia começou nesta segunda-feira o processo de pagamento de 4,2 bilhões de euros que deve ao Banco Central Europeu (BCE), assim como de importantes somas ao Fundo Monetário Internacional (FMI), indicou uma fonte ministerial.

O pagamento está sendo possível depois que a Grécia recebeu na sexta-feira da União Europeia um crédito ponte de 7,16 bilhões de euros.

Apesar de tudo, a chanceler alemã Angela Merkel reiterou no domingo sua oposição a uma "quitação clássica" da dívida grega, ao considerar que isso não é possível dentro da união monetária.

"A Grécia já obteve um alívio. Se a avaliação do programa que deve ser negociado tiver êxito, podemos voltar a conversar sobre isso", enfatizou.

Pela primeira vez em vários meses, os especialistas do Banco Central Europeu, do Fundo Monetário Internacional e da Comissão Europeu, anteriormente conhecidos como "troika", e que simbolizam para os gregos a colocação sob tutela do país, viajarão à Grécia esta semana para avaliar o estado de uma economia castigada pelas restrições financeiras.

Semana crucial para Tsipras

Esta semana também será crucial para o futuro do primeiro-ministro Alexis Tsipras. O acordo de Bruxelas exige que nesta quarta-feira sejam votadas reformas sobre justiça civil e legislação bancária.

Segundo o jornal Avgi, ligado a seu partido, o Syriza, o primeiro-ministro quer converter esse novo voto em uma moção de confiança.

Na quarta-feira passada, perdeu 39 votos dos 49 deputados de seu partido de esquerda depois que certos deputados consideraram que traíram o "não" votado no referendo de 5 de julho, no qual os gregos expressaram sua rejeição às políticas de austeridade.

"O que me preocupa é ver que alguns [dentro de Syriza] continuam afirmando que saindo do euro podemos impedir a austeridade", afirmou o ministro de Estado, Nikos Pappas, braço direito de Tsipras, em declarações ao jornal Ephimerida Ton Syndakton.

Tsipras teve de enfrentar, inclusive, críticas do Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, um dos maiores críticos das medidas de austeridade impostas a Atenas.

Os credores, por sua parte, e assim que superarem suas diferenças, devem colocar em andamento um novo plano de ajuda à Grécia de mais de 80 bilhões de euros.

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