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Governos têm teste da energia limpa com queda no petróleo

Queda será um teste e tanto para os governos delinear planos nacionais para combater a mudança climática para além de 2020 como parte do pacto de Paris

Energia eólica: valor atual do petróleo é só um fator na criação de planos de energia para 2025 ou 2030 (CC/ flickr.com/photos/dvanzuijlekom/)
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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 11h16.

Genebra - Governos de todo mundo dizem que, apesar da queda no preço do petróleo , ainda estão buscando formas de energia limpa, mas sua determinação será testada nos próximos meses, quando terão que delinear planos para suas iniciativas ecológicas.

O valor atual do petróleo é só um fator na criação de planos de energia para 2025 ou 2030, de acordo com muitos delegados presentes às conversações da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, entre 8 e 13 de fevereiro, para acertar um acordo de combate à mudança climática que deve ser firmado em Paris em dezembro.

"A suposição mais segura que todos os países podem fazer a respeito do preço do petróleo é que ele continuará sendo volátil", disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC), à Reuters.

Em contrapartida, as geradoras de energia solar ou eólica, uma vez construídas, "têm um preço claro e previsível de zero dólares", afirmou.

"Isso está sendo entendido aos poucos, mas de maneira definitiva".

O preço do petróleo passou dos 60 dólares por barril nesta sexta-feira pela primeira vez neste ano, um aumento em relação aos 45,19 dólares de janeiro, mas só cerca de metade dos 115 dólares que atingiu em junho passado.

Será um teste e tanto para os governos delinear planos nacionais para combater a mudança climática para além de 2020 como parte do pacto de Paris. Eles estabeleceram o prazo informal de 31 de março para apresentar suas propostas, mas é provável que muitos se atrasem.

A cotação baixa do petróleo faz com que as energias renováveis pareçam relativamente mais custosas, "mas não se trata só disso. Precisamos reinventar o que são economias estagnadas", disse Elina Bardram, chefe da delegação da Comissão Europeia.

A União Europeia afirmou que até 2030 irá reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 40 por cento abaixo dos níveis de 1990. Os Estados Unidos e a China também elaboraram planos de longo prazo.

Figueres disse que os investimentos em energia solar e eólica não são mais periféricos, tendo aumentado 16 por cento, ou para 312 bilhões de dólares, em 2014, e que os preços também caíram bastante. O preço baixo do petróleo pode ser uma oportunidade para reformas, como o corte nos subsídios para o consumo da commodity.

Aumentando a pressão por uma mudança, no ano passado governos aprovaram as descobertas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) segundo as quais até 2050 as emissões de gases de efeito estufa precisam diminuir entre 40 e 70 por cento em relação aos níveis de 2010.

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Genebra - Governos de todo mundo dizem que, apesar da queda no preço do petróleo , ainda estão buscando formas de energia limpa, mas sua determinação será testada nos próximos meses, quando terão que delinear planos para suas iniciativas ecológicas.

O valor atual do petróleo é só um fator na criação de planos de energia para 2025 ou 2030, de acordo com muitos delegados presentes às conversações da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, entre 8 e 13 de fevereiro, para acertar um acordo de combate à mudança climática que deve ser firmado em Paris em dezembro.

"A suposição mais segura que todos os países podem fazer a respeito do preço do petróleo é que ele continuará sendo volátil", disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC), à Reuters.

Em contrapartida, as geradoras de energia solar ou eólica, uma vez construídas, "têm um preço claro e previsível de zero dólares", afirmou.

"Isso está sendo entendido aos poucos, mas de maneira definitiva".

O preço do petróleo passou dos 60 dólares por barril nesta sexta-feira pela primeira vez neste ano, um aumento em relação aos 45,19 dólares de janeiro, mas só cerca de metade dos 115 dólares que atingiu em junho passado.

Será um teste e tanto para os governos delinear planos nacionais para combater a mudança climática para além de 2020 como parte do pacto de Paris. Eles estabeleceram o prazo informal de 31 de março para apresentar suas propostas, mas é provável que muitos se atrasem.

A cotação baixa do petróleo faz com que as energias renováveis pareçam relativamente mais custosas, "mas não se trata só disso. Precisamos reinventar o que são economias estagnadas", disse Elina Bardram, chefe da delegação da Comissão Europeia.

A União Europeia afirmou que até 2030 irá reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 40 por cento abaixo dos níveis de 1990. Os Estados Unidos e a China também elaboraram planos de longo prazo.

Figueres disse que os investimentos em energia solar e eólica não são mais periféricos, tendo aumentado 16 por cento, ou para 312 bilhões de dólares, em 2014, e que os preços também caíram bastante. O preço baixo do petróleo pode ser uma oportunidade para reformas, como o corte nos subsídios para o consumo da commodity.

Aumentando a pressão por uma mudança, no ano passado governos aprovaram as descobertas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) segundo as quais até 2050 as emissões de gases de efeito estufa precisam diminuir entre 40 e 70 por cento em relação aos níveis de 2010.

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