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Governo sírio aceita a cessação de combates no país

No dia 15 de março o conflito na Síria completa cinco anos, com mais de 260 mil mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos

Síria: a fonte destacou que a aprovação governamental se "baseia na continuação dos esforços militares de luta antiterrorista contra o EI" (REUTERS/SANA/Handout)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 08h35.

Damasco - O governo sírio anunciou nesta terça-feira que aceita a "cessação das operações de combate" em seu território, depois que EUA e Rússia acordaram na segunda-feira o início de um cessar-fogo na Síria a partir da meia-noite de 27 de fevereiro.

"A República Árabe da Síria anuncia que aceita a cessação das operações de combate", apontou uma fonte de alta categoria do Ministério sírio das Relações Exteriores em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial "Sana".

A fonte destacou que a aprovação governamental se "baseia na continuação dos esforços militares de luta antiterrorista contra o EI, a Frente al Nusra e outras organizações terroristas vinculadas com a Al Qaeda".

A nota ressalta que, para garantir o êxito do cessar-fogo a partir de 27 de fevereiro, "o governo afirma sua disposição a continuar sua coordenação com a parte russa para determinar as áreas e os grupos armados que estarão incluídos".

Além disso, o Executivo insistiu "na importância de controlar as fronteiras, deter o apoio de alguns países aos grupos armados e proibir que essas organizações fortaleçam suas capacidades ou mudem suas posições, o que pode levar a solapar o acordo".

O texto não precisou o nome dos estados que respaldam as organizações armadas, mas Damasco sempre acusou a Turquia e a Arábia Saudita, entre outros, de oferecer apoio aos terroristas que operam em seu território.

A fonte do Ministério advertiu também que "o governo se reserva o direito de as Forças Armadas responderem a qualquer violação cometida por esses grupos contra civis sírios ou o Exército".

Por fim, a fonte explicou que com a aceitação do cessar-fogo, o Executivo de Damasco reitera "seu compromisso para deter o derramamento de sangue sírio e devolver a segurança e a estabilidade para aplicar a vontade popular dos sírios em uma Síria unida".

O Departamento de Estado americano revelou ontem à noite que Washington e Moscou tinham acordado um cessar-fogo na Síria a partir da meia-noite de 27 de fevereiro, do qual estão excluídos o EI e a Frente al Nusra.

"A cessação de hostilidades será aplicada a todas as partes envolvidas no conflito sírio que tenham se comprometido a aceitar seus termos", indicou o Departamento de Estado em comunicado.

A Comissão Suprema para as Negociações (CSN), principal aliança da oposição síria, aceitou "provisoriamente" dito pacto, embora adotará uma decisão final desta semana.

Pouco depois do anúncio, o presidente sírio, Bashar al Assad, convocou ontem à noite eleições legislativas para 13 de abril.

No dia 15 de março o conflito na Síria completa cinco anos, com mais de 260 mil mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

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Damasco - O governo sírio anunciou nesta terça-feira que aceita a "cessação das operações de combate" em seu território, depois que EUA e Rússia acordaram na segunda-feira o início de um cessar-fogo na Síria a partir da meia-noite de 27 de fevereiro.

"A República Árabe da Síria anuncia que aceita a cessação das operações de combate", apontou uma fonte de alta categoria do Ministério sírio das Relações Exteriores em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial "Sana".

A fonte destacou que a aprovação governamental se "baseia na continuação dos esforços militares de luta antiterrorista contra o EI, a Frente al Nusra e outras organizações terroristas vinculadas com a Al Qaeda".

A nota ressalta que, para garantir o êxito do cessar-fogo a partir de 27 de fevereiro, "o governo afirma sua disposição a continuar sua coordenação com a parte russa para determinar as áreas e os grupos armados que estarão incluídos".

Além disso, o Executivo insistiu "na importância de controlar as fronteiras, deter o apoio de alguns países aos grupos armados e proibir que essas organizações fortaleçam suas capacidades ou mudem suas posições, o que pode levar a solapar o acordo".

O texto não precisou o nome dos estados que respaldam as organizações armadas, mas Damasco sempre acusou a Turquia e a Arábia Saudita, entre outros, de oferecer apoio aos terroristas que operam em seu território.

A fonte do Ministério advertiu também que "o governo se reserva o direito de as Forças Armadas responderem a qualquer violação cometida por esses grupos contra civis sírios ou o Exército".

Por fim, a fonte explicou que com a aceitação do cessar-fogo, o Executivo de Damasco reitera "seu compromisso para deter o derramamento de sangue sírio e devolver a segurança e a estabilidade para aplicar a vontade popular dos sírios em uma Síria unida".

O Departamento de Estado americano revelou ontem à noite que Washington e Moscou tinham acordado um cessar-fogo na Síria a partir da meia-noite de 27 de fevereiro, do qual estão excluídos o EI e a Frente al Nusra.

"A cessação de hostilidades será aplicada a todas as partes envolvidas no conflito sírio que tenham se comprometido a aceitar seus termos", indicou o Departamento de Estado em comunicado.

A Comissão Suprema para as Negociações (CSN), principal aliança da oposição síria, aceitou "provisoriamente" dito pacto, embora adotará uma decisão final desta semana.

Pouco depois do anúncio, o presidente sírio, Bashar al Assad, convocou ontem à noite eleições legislativas para 13 de abril.

No dia 15 de março o conflito na Síria completa cinco anos, com mais de 260 mil mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

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