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Governo dos EUA começa seu 1º fechamento parcial em 17 anos

Houve falta de consenso no Congresso para aprovar o orçamento

Estátuas em frente ao Capitólio, nos EUA: o fechamento do governo obrigará que quase 800 mil funcionários fiquem sem trabalhar e pode custar mais de US$ 1 bilhão aos cofres públicos (REUTERS/Jonathan Ernst)

Estátuas em frente ao Capitólio, nos EUA: o fechamento do governo obrigará que quase 800 mil funcionários fiquem sem trabalhar e pode custar mais de US$ 1 bilhão aos cofres públicos (REUTERS/Jonathan Ernst)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 06h26.

Washington - As agências federais dos Estados Unidos receberam nesta terça-feira ordens para suspender suas atividades não essenciais pela primeira vez em 17 anos pela ausência de recursos para mantê-las funcionando, devido à falta de acordo no Congresso para aprovar o orçamento.

Pouco antes da meia-noite da segunda-feira, o Escritório de Orçamento e Gestão da Casa Branca (OMB) deu instruções às agências federais para que executem "os planos para um fechamento ordenado devido à falta de fundos".

O fechamento do governo, o primeiro nos Estados Unidos desde janeiro de 1996, obrigará que quase 800 mil funcionários fiquem sem trabalhar e pode custar mais de US$ 1 bilhão aos cofres públicos, segundo a Casa Branca.

"Infelizmente, o Congresso não cumpriu com sua responsabilidade. Não foi capaz de aprovar um orçamento e como resultado, grande parte do nosso governo deve fechar agora até que o Congresso volte a financiá-lo", disse o presidente dos EUA, Barack Obama, em um vídeo divulgado pela Casa Branca.

A mensagem de Obama se dirige aos militares do país, que continuarão trabalhando mesmo com o fechamento do governo e que, graças a uma lei de emergência assinada pelo presidente na noite de ontem, continuarão recebendo seus pagamentos.


O fechamento acontece após mais de uma semana de debates e propostas de lei cruzadas nas duas câmaras do Congresso, divididas pela estratégia republicana de utilizar o debate sobre o orçamento como pretexto para modificar a reforma de saúde promulgada em 2010.

"Este é realmente um dia muito triste na história do Congresso", disse a líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, aos jornalistas pouco antes da meia-noite.

A Casa Branca pediu imediatamente ao Congresso que continue negociando para acabar o mais rápido possível com a crise.

"Pedimos ao Congresso uma ação rápida para aprovar uma resolução que proporcione recursos durante o tempo necessário para aprovar o orçamento para o ano fiscal 2014, e para restaurar o funcionamento de serviços públicos críticos", disse a diretora do OMB, Sylvia Burwell, em mensagem às agências.

Enquanto alguns republicanos continuam debatendo no plenário da Câmara, o Senado suspendeu suas sessões até as 11h30 (de Brasília) desta terça-feira.

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