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Google vende sua parte em site chinês

Empresa se desfaz de 2,3% do Baidu.com e prepara ofensiva no mercado de Internet da China

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

Deve ficar mais acirrada a disputa pela preferência dos 111 milhões de internautas da China. O Google acaba de vender sua fatia de 2,3% no Baidu.com, o mecanismo chinês de busca na Internet. Com o movimento, as duas empresas estarão livres para competir naquele mercado, segundo analistas.

O Google havia comprado sua parte do Baidu muito antes da comentada oferta pública inicial da empresa chinesa, no último verão, conforme reportagem do jornal Financial Times. Adquiriu sua participação há dois anos, por 5 milhões de dólares, em uma época em que o Baidu não era muito conhecido fora da China. Desde então, houve especulações de que o Google tentaria comprar o Baidu.

Em agosto passado, a companhia chinesa teve uma espetacular estréia na Nasdaq - a bolsa americana de empresas ligadas à tecnologia. O preço de suas ações subiu de 27 para 154 dólares no segundo dia de negócios, e o Baidu se tornou popular entre os investidores.

A venda de sua pequena parte no Baidu, calculada em 60 milhões de dólares, reflete a vontade do Google de separar completamente seus negócios da empresa chinesa para se dedicar a seu próprio website. Os dois rivais dominam o mercado chinês de buscas na Internet, mas o Baidu, com 57%, está à frente do Google, que tem uma fatia de aproximadamente 33%. Sites relacionados ao Yahoo respondem por outros 5%, de acordo com a consultoria iResearch, de Shangai.

"Nos desfizemos de nosso modesto investimento no Baidu.com", disse a porta-voz do Google, Debbie Frost. "Sempre foi nosso objetivo desenvolver nosso próprio negócio de sucesso na China, e estamos muito focados nisso."

Na quinta-feira, as ações do Baidu na Nasdaq chegaram a cair 6,8%, em uma reação à venda. A decisão do Google chega em um momento em que a empresa planeja uma agressiva expansão no mercado chinês de Internet, o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. No início deste ano, o Google lançou um mecanismo de busca em chinês, o Google.cn. A empresa admitiu que censura o site para evitar a presença de conteúdo considerado politicamente sensível pelo governo chinês.

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