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Gingrich e Romney lideram debate republicano nos EUA, focado em defesa

A maior surpresa foi o apoio de Gingrich a uma lei 'humana e compassiva', que permita a permanência de imigrantes que estão há tempos nos Estados Unidos

Romney, que lidera as pesquisas, enfatizou a diplomacia com Israel e disse que, se eleito, sua primeira viagem oficial seria para o Estado judaico (Scott Olson/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 05h55.

Washington - Afeganistão, Irã, a redução da hegemonia mundial e os desafios provenientes da imigração centralizaram as discussões do mais recente debate entre os pré-candidatos republicanos para as eleições presidenciais de 2012 dos Estados Unidos , liderado por Newt Gingrich e Mitt Romney.

O debate, realizado nesta terça-feira em Washington, começou com um enfrentamento entre Newt Gingrich, ex-porta-voz da Câmara de Representantes, e o congressista republicano da ala libertária Ron Paul.

Paul rejeitou o excesso de gastos públicos em segurança e criticou a filosofia de 'ceder nossa liberdade por nossa segurança'. Gingrich, que cresceu recentemente nas pesquisas de opinião, argumentou que um endurecimento das normas de segurança é fundamental para evitar novos ataques terroristas.

Paul manteve distância em relação aos adversários, com opiniões favoráveis à retirada das tropas americanas do exterior para que os EUA possam se concentrar nos assuntos domésticos.

No entanto, a postura do congressista libertário é isolada. Os demais pré-candidatos manifestaram compromisso em manter forte presença militar no exterior, criticaram cortes em defesa e ressaltaram a importância de manter a hegemonia internacional dos EUA.

O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney criticou o que chamou de 'fracasso' da política externa do presidente Barack Obama, que, segundo ele, 'tenta ser amistoso com nossos inimigos e mostra falta de respeito com nossos amigos'.

Romney, que lidera as pesquisas e é considerado o candidato do sistema, enfatizou a diplomacia com Israel e disse que, se eleito, sua primeira viagem oficial seria para o Estado judaico. Ele afirmou ainda que confia na 'superioridade e excepcionalidade dos EUA' diante da comunidade internacional.

Por isso, defendeu uma permanência das tropas americanas no Afeganistão, já que uma saída, segundo ele, colocaria em perigo 'os sacrifícios extraordinários realizados' na região.

Já o pré-candidato Jon Huntsman, ex-embaixador na China, se mostrou a favor da retirada das tropas americanas do Afeganistão, que superam atualmente 100 mil soldados, mas defendeu que os EUA continuem operando na região com voos de aviões não tripulados (drones) e tropas de elite.

'A principal ameaça atual para a segurança nacional é a situação econômica. Devemos recuperar a força econômica', ressaltou Huntsman, que luta para aumentar sua popularidade.


Por sua vez, o governador do Texas, Rick Perry, expressou preocupação com o que ocorre no Oriente Médio e respaldou a declaração de 'uma zona de exclusão aérea na Síria', tal como se fez na Líbia durante a recente guerra civil.

Perry - que caiu nas pesquisas após um debate passado, quando cometeu a gafe de esquecer o nome de uma das agências federais que planejava eliminar - reiterou a necessidade de introduzir tropas dos EUA no México para enfrentar a violência associada ao narcotráfico, uma proposta que lhe trouxe numerosas críticas.

Quanto ao Irã, todos os pré-candidatos se mostraram especialmente agressivos. Gingrich foi o mais enfático: 'se fôssemos sérios, poderíamos derrubar o regime iraniano em um ano'. Mas ele explicou que priorizaria sanções econômicas, e só defenderia uma intervenção militar em último caso.

No debate, o 11º desde que começou a corrida para a candidatura oficial do Partido Republicano, o empresário Herman Cain se manteve ofuscado, após semanas complicadas nas quais teve de lidar com acusações de assédio sexual e diversos equívocos ao comentar questões de política externa.

No entanto, Cain expressou seu respaldo a Israel como aliado caso haja um 'plano crível' para atacar o Irã.

A congressista Michele Bachmann aproveitou de novo a oportunidade para alfinetar o presidente Barack Obama. Ela considerou passiva a política externa do atual governo e reivindicou mais decisão internacional por parte dos EUA.

Já quando foram discutidas as políticas de imigração, os candidatos expressaram visões mais díspares. A maior surpresa foi o apoio de Gingrich a uma lei 'humana e compassiva', que permita a permanência de imigrantes que estão há tempos nos EUA, lembrando a anistia promulgada pelo ex-presidente Ronald Reagan nos anos 1980.

Romney reagiu imediatamente e classificou qualquer lei de anistia como um 'ímã' para futuros imigrantes ilegais. Na mesma medida se expressou o senador Rick Santorum (Pensilvânia), que ocupa o último lugar nas pesquisas. Ele disse que, como filho de um 'imigrante legal', defenderia uma imigração rígida e controlada.

O próximo debate será realizado no dia 10 de dezembro em Iowa, estado onde ocorrem as primeiras primárias republicanas para decidir o candidato oficial do partido.

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O debate, realizado nesta terça-feira em Washington, começou com um enfrentamento entre Newt Gingrich, ex-porta-voz da Câmara de Representantes, e o congressista republicano da ala libertária Ron Paul.

Paul rejeitou o excesso de gastos públicos em segurança e criticou a filosofia de 'ceder nossa liberdade por nossa segurança'. Gingrich, que cresceu recentemente nas pesquisas de opinião, argumentou que um endurecimento das normas de segurança é fundamental para evitar novos ataques terroristas.

Paul manteve distância em relação aos adversários, com opiniões favoráveis à retirada das tropas americanas do exterior para que os EUA possam se concentrar nos assuntos domésticos.

No entanto, a postura do congressista libertário é isolada. Os demais pré-candidatos manifestaram compromisso em manter forte presença militar no exterior, criticaram cortes em defesa e ressaltaram a importância de manter a hegemonia internacional dos EUA.

O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney criticou o que chamou de 'fracasso' da política externa do presidente Barack Obama, que, segundo ele, 'tenta ser amistoso com nossos inimigos e mostra falta de respeito com nossos amigos'.

Romney, que lidera as pesquisas e é considerado o candidato do sistema, enfatizou a diplomacia com Israel e disse que, se eleito, sua primeira viagem oficial seria para o Estado judaico. Ele afirmou ainda que confia na 'superioridade e excepcionalidade dos EUA' diante da comunidade internacional.

Por isso, defendeu uma permanência das tropas americanas no Afeganistão, já que uma saída, segundo ele, colocaria em perigo 'os sacrifícios extraordinários realizados' na região.

Já o pré-candidato Jon Huntsman, ex-embaixador na China, se mostrou a favor da retirada das tropas americanas do Afeganistão, que superam atualmente 100 mil soldados, mas defendeu que os EUA continuem operando na região com voos de aviões não tripulados (drones) e tropas de elite.

'A principal ameaça atual para a segurança nacional é a situação econômica. Devemos recuperar a força econômica', ressaltou Huntsman, que luta para aumentar sua popularidade.


Por sua vez, o governador do Texas, Rick Perry, expressou preocupação com o que ocorre no Oriente Médio e respaldou a declaração de 'uma zona de exclusão aérea na Síria', tal como se fez na Líbia durante a recente guerra civil.

Perry - que caiu nas pesquisas após um debate passado, quando cometeu a gafe de esquecer o nome de uma das agências federais que planejava eliminar - reiterou a necessidade de introduzir tropas dos EUA no México para enfrentar a violência associada ao narcotráfico, uma proposta que lhe trouxe numerosas críticas.

Quanto ao Irã, todos os pré-candidatos se mostraram especialmente agressivos. Gingrich foi o mais enfático: 'se fôssemos sérios, poderíamos derrubar o regime iraniano em um ano'. Mas ele explicou que priorizaria sanções econômicas, e só defenderia uma intervenção militar em último caso.

No debate, o 11º desde que começou a corrida para a candidatura oficial do Partido Republicano, o empresário Herman Cain se manteve ofuscado, após semanas complicadas nas quais teve de lidar com acusações de assédio sexual e diversos equívocos ao comentar questões de política externa.

No entanto, Cain expressou seu respaldo a Israel como aliado caso haja um 'plano crível' para atacar o Irã.

A congressista Michele Bachmann aproveitou de novo a oportunidade para alfinetar o presidente Barack Obama. Ela considerou passiva a política externa do atual governo e reivindicou mais decisão internacional por parte dos EUA.

Já quando foram discutidas as políticas de imigração, os candidatos expressaram visões mais díspares. A maior surpresa foi o apoio de Gingrich a uma lei 'humana e compassiva', que permita a permanência de imigrantes que estão há tempos nos EUA, lembrando a anistia promulgada pelo ex-presidente Ronald Reagan nos anos 1980.

Romney reagiu imediatamente e classificou qualquer lei de anistia como um 'ímã' para futuros imigrantes ilegais. Na mesma medida se expressou o senador Rick Santorum (Pensilvânia), que ocupa o último lugar nas pesquisas. Ele disse que, como filho de um 'imigrante legal', defenderia uma imigração rígida e controlada.

O próximo debate será realizado no dia 10 de dezembro em Iowa, estado onde ocorrem as primeiras primárias republicanas para decidir o candidato oficial do partido.

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