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França quer cortar déficit orçamentário em 10 bi de euros, diz jornal

Pressionado pelos mercados e pelo FMI a enfrentar o déficit nas suas finanças, o governo vai apresentar suas idéias para a redução do buraco no dia 24 de agosto

Sarkozy vai ficar longe das medidas austeras dos britânicos e praticamente descartou cortes nos gastos públicos ou qualquer medida drástica que possa dificultar uma recuperação, já enfraquecida pela crise econômica global. (Franck Prevel/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2011 às 16h31.

PARIS - O governo de centro-direita da França pretende reduzir seu déficit orçamentário em cerca de 10 bilhões de euros em 2012, ao mesmo tempo evitando cortes difíceis nos gastos públicos ou um aumento geral de impostos, segundo reportagem do jornal francês Le Journal du Dimanche, deste domingo.

Pressionado pelos mercados e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a enfrentar o déficit nas suas finanças, o governo vai apresentar suas idéias para a redução do buraco no dia 24 de agosto. Ou seja, cerca de um mês antes do anúncio do orçamento para 2012.

Com a proximidade das eleições em abril do ano que vem, o plano do presidente Nicolas Sarkozy será bem menos drástico do que o acordo feito pela Itália, que vai cortar 45 bilhões de euros. Mesmo assim, as medidas francesas, estimadas em cerca de 6,7 bilhões e 12 bilhões de euros, de acordo com o jornal, são bem mais radicais do que os cortes de 3 bilhões previstos recentemente.

O grosso da receita viria da redução das isenções de juros sobre habitação e território franceses no exterior, informou o jornal. Impôr um imposto adicional aos muito ricos também pode fazer parte dos planos.

Entretanto, Sarkozy vai ficar longe das medidas austeras dos britânicos e praticamente descartou cortes nos gastos públicos ou qualquer medida drástica que possa dificultar uma recuperação, já enfraquecida pela crise econômica global.

Dados publicados na sexta-feira mostraram que a economia francesa quase parou no segundo trimestre de 2011, depois de um primeiro trimestre acidentado, levantando dúvidas sobre as previsões oficiais de um crescimento de 2 por cento esse ano e 2,25 por cento em 2012.
Os números decepcionantes coroaram uma semana tensa, durante a qual os mercados ligados aos bancos franceses, assustados pelos rumores que a França poderia ser a próxima da lista a perder a sua classificação de risco "AAA", depois que a Standard & Poor's rebaixou os Estados Unidos de "AAA" para "AA+".

A França comprometeu-se a reduzir seu déficit orçamentário para 5,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) esse ano, e depois para 3 por cento do PIB até 2013. O FMI disse que isso não será possível sem uma ação mais drástica.

PARIS - O governo de centro-direita da França pretende reduzir seu déficit orçamentário em cerca de 10 bilhões de euros em 2012, ao mesmo tempo evitando cortes difíceis nos gastos públicos ou um aumento geral de impostos, segundo reportagem do jornal francês Le Journal du Dimanche, deste domingo.

Pressionado pelos mercados e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a enfrentar o déficit nas suas finanças, o governo vai apresentar suas idéias para a redução do buraco no dia 24 de agosto. Ou seja, cerca de um mês antes do anúncio do orçamento para 2012.

Com a proximidade das eleições em abril do ano que vem, o plano do presidente Nicolas Sarkozy será bem menos drástico do que o acordo feito pela Itália, que vai cortar 45 bilhões de euros. Mesmo assim, as medidas francesas, estimadas em cerca de 6,7 bilhões e 12 bilhões de euros, de acordo com o jornal, são bem mais radicais do que os cortes de 3 bilhões previstos recentemente.

O grosso da receita viria da redução das isenções de juros sobre habitação e território franceses no exterior, informou o jornal. Impôr um imposto adicional aos muito ricos também pode fazer parte dos planos.

Entretanto, Sarkozy vai ficar longe das medidas austeras dos britânicos e praticamente descartou cortes nos gastos públicos ou qualquer medida drástica que possa dificultar uma recuperação, já enfraquecida pela crise econômica global.

Dados publicados na sexta-feira mostraram que a economia francesa quase parou no segundo trimestre de 2011, depois de um primeiro trimestre acidentado, levantando dúvidas sobre as previsões oficiais de um crescimento de 2 por cento esse ano e 2,25 por cento em 2012.
Os números decepcionantes coroaram uma semana tensa, durante a qual os mercados ligados aos bancos franceses, assustados pelos rumores que a França poderia ser a próxima da lista a perder a sua classificação de risco "AAA", depois que a Standard & Poor's rebaixou os Estados Unidos de "AAA" para "AA+".

A França comprometeu-se a reduzir seu déficit orçamentário para 5,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) esse ano, e depois para 3 por cento do PIB até 2013. O FMI disse que isso não será possível sem uma ação mais drástica.

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