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Filha de ex-ditador sul-coreano quer a presidência

Park Geun-Hye tem grandes chances de vencer e virar a primeira mulher a governar a Coreia do Sul

Park Geun-Hye: em 2007, ela apresentou sua candidatura, mas perdeu por pouco a disputa interna para Lee Myung-Bak, atual presidente
 (Kim Jae-Hwan/AFP)

Park Geun-Hye: em 2007, ela apresentou sua candidatura, mas perdeu por pouco a disputa interna para Lee Myung-Bak, atual presidente (Kim Jae-Hwan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2012 às 09h36.

Seul - Park Geun-Hye, filha de Park Chung-Hee, presidente ditador que permaneceu quase 20 anos no poder na Coreia do Sul, anunciou oficialmente oficialmente nesta terça-feira que buscará a candidatura do partido conservador na eleição presidencial de dezembro.

Park Geun-Hye, 60 anos, é considerada a favorita para representar o Partido da Nova Fronteira na eleição presidencial de 19 de dezembro. Ela tem grandes chances de vencer e virar a primeira mulher a governar a Coreia do Sul.

Em 2007, ela apresentou sua candidatura, mas perdeu por pouco a disputa interna para Lee Myung-Bak, atual presidente. A Constituição do país proíbe um segundo mandato presidencial.

A pré-candidata promete trabalhar por uma economia de mercado "justa e transparente", além de estimular uma "democratização econômica" em um momento no qual a diferença entre ricos e pobres é cada vez maior no país.

Seu pai, Park Chung-Hee, foi a grande figura política dos anos 60 e 70 na Coreia. Ele chegou ao poder em 1961, após um golpe Estado, e permaneceu à frente do país até ser assassinado pelo diretor do serviço secreto em 1979.

Geun-Hye é popular entre os conservadores e os sul-coreanos nostálgicos da industrialização e do forte crescimento registrado com seu pai, após a guerra da Coreia (1950-1953).

Park Chung-Hee é considerado um ditador. Durante sua presidência, as liberdades de expressão e de imprensa foram muito limitadas e os opositores eram detidos.

Park Geun-Hye, nascida em 2 de fevereiro de 1952, assumiu em algumas ocasiões a função de primeira-dama ao lado do pai após o assassinato de sua mãe em 1974 por um norte-coreano.

A política é solteira, muito discreta sobre sua vida privada e consagra sua vida à política.

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