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Fidel elogia Mandela e felicita irmão por cumprimentar Obama

Fidel Castro lembra de Nelson Mandela como um apóstolo da paz, e parabenizou seu irmão Raúl por saudação que dirigiu ao presidente dos EUA, Barack Obama


	Fidel Castro: "felicito Raúl por seu brilhante desempenho, e pela firmeza e dignidade quando com gesto amável, mas firme, cumprimentou o chefe do Governo dos EUA"
 (Desmond Boylan/Reuters)

Fidel Castro: "felicito Raúl por seu brilhante desempenho, e pela firmeza e dignidade quando com gesto amável, mas firme, cumprimentou o chefe do Governo dos EUA" (Desmond Boylan/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 12h18.

Havana - O ex-mandatário de Cuba Fidel Castro lembra de Nelson Mandela "como um apóstolo da paz" em artigo publicado nesta quinta-feira onde felicita seu irmão Raúl por sua "firmeza e dignidade" na saudação que dirigiu ao presidente dos EUA, Barack Obama, nos funerais do morto líder sul-africano.

"Felicito o companheiro Raúl por seu brilhante desempenho e, especialmente, pela firmeza e dignidade quando com gesto amável, mas firme, cumprimentou o chefe do Governo dos Estados Unidos e disse em inglês. "Senhor presidente, eu sou Castro", escreve o líder da Revolução cubana.

Com um artigo na imprensa oficial da ilha intitulado "Mandela morreu. Por que ocultar a verdade sobre o apartheid?", Fidel Castro, de 87 anos e aposentado do poder desde 2006, rompe seu silêncio sobre a morte do líder sul-africano, a quem o ex-presidente de Cuba define como "um homem íntegro, revolucionário profundo e radicalmente socialista".

"Nenhum acontecimento presente ou passado que eu lembre ou ouvi mencionar, como a morte de Mandela, teve tanto impacto no público mundial e não por suas riquezas, mas pela qualidade humana e a nobreza de seus sentimentos e ideias", diz o ex-presidente cubano.

Castro também ressalta "os fraternais sentimentos da irmandade profunda entre o povo cubano e a pátria de Nelson Mandela", admirado por Fidel Castro "por sua honradez, sua modéstia e teu enorme mérito".

Castro rememora em seu extenso artigo, que ocupa quase uma página e meia do jornal "Granma", as ações "internacionalistas" de Cuba no sul da África e vários episódios da guerra de Angola, ao mesmo tempo em que denuncia que o regime sul-africano do apartheid foi "fruto da Europa colonial e foi transformado em potência nuclear por Estados Unidos e Israel".

"Que falem agora os porta-vozes do império sobre como e por que surgiu o apartheid", diz o ex-presidente cubano.

Nelson Mandela morreu em 5 de dezembro aos 95 anos em sua casa de Johanesburgo, uma perda que comoveu a África do Sul e o resto do mundo.

Cuba esteve representada nos funerais de Mandela pelo presidente da ilha, Raúl Castro, que foi um dos oradores no ato realizado em 10 de dezembro no estádio FNB de Soweto, onde aconteceu o famoso aperto de mãos com Obama, uma inusitada imagem entre os líderes de duas nações enfrentadas há mais de meio século.

Segundo assinala Fidel Castro em seu artigo desta quinta-feira, o papel da delegação cubana nos funerais de Mandela "será inesquecível".

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