Exame Logo

Farc admite responsabilidade parcial por vítimas de conflito

Guerrilha reconheceu que tem parte da responsabilidade pelas milhares de vítimas do conflito armado de quase meio século na Colômbia

O comandante das Farc, Iván Márquez: "também houve crueldade e dor provocados por nossas fileiras", disse a guerrilha (Adalberto Roque/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 12h42.

Havana - A guerrilha das Farc admitiu nesta terça-feira, pela primeira vez, sua quota de responsabilidade pelas milhares de vítimas do conflito armado de quase meio século na Colômbia .

"Sem dúvida, também houve crueldade e dor provocados por nossas fileiras", afirmou a guerrilha em um comunicado lido por Pablo Catatumbo, integrante da delegação que negocia a paz com o governo de Juan Manuel Santos em Havana.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que têm 8.000 combatentes, fizeram esta admissão quase um mês após o presidente Santos admitir, também pela primeira vez, a responsabilidade do Estado colombiano em "graves violações" dos direitos humanos dentro do conflito armado.

"Ainda assim, devemos reconhecer a necessidade de aproximar o tema de vítimas, sua identificação e sua reparação com total lealdade à causa da paz e da reconciliação", acrescentaram as Farc, que negociam há nove meses um acordo que coloque fim a um conflito armado de quase 50 anos que deixou 600.000 mortos e mais de três milhões de deslocados.

A delegação de paz do governo, liderada por Humberto de la Calle, não fez declarações à imprensa em sua chegada ao Palácio das Convenções de Havana, sede das negociações.

Na segunda-feira teve início um novo ciclo de negociações, no qual ambas as delegações continuarão debatendo o tema da participação política, segundo ponto de uma agenda de cinco. O primeiro ponto, sobre o desenvolvimento agrário, foi acordado em maio.

*Matéria atualizada às 12h41

Veja também

Havana - A guerrilha das Farc admitiu nesta terça-feira, pela primeira vez, sua quota de responsabilidade pelas milhares de vítimas do conflito armado de quase meio século na Colômbia .

"Sem dúvida, também houve crueldade e dor provocados por nossas fileiras", afirmou a guerrilha em um comunicado lido por Pablo Catatumbo, integrante da delegação que negocia a paz com o governo de Juan Manuel Santos em Havana.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que têm 8.000 combatentes, fizeram esta admissão quase um mês após o presidente Santos admitir, também pela primeira vez, a responsabilidade do Estado colombiano em "graves violações" dos direitos humanos dentro do conflito armado.

"Ainda assim, devemos reconhecer a necessidade de aproximar o tema de vítimas, sua identificação e sua reparação com total lealdade à causa da paz e da reconciliação", acrescentaram as Farc, que negociam há nove meses um acordo que coloque fim a um conflito armado de quase 50 anos que deixou 600.000 mortos e mais de três milhões de deslocados.

A delegação de paz do governo, liderada por Humberto de la Calle, não fez declarações à imprensa em sua chegada ao Palácio das Convenções de Havana, sede das negociações.

Na segunda-feira teve início um novo ciclo de negociações, no qual ambas as delegações continuarão debatendo o tema da participação política, segundo ponto de uma agenda de cinco. O primeiro ponto, sobre o desenvolvimento agrário, foi acordado em maio.

*Matéria atualizada às 12h41

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaFarcViolência urbana

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame