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Falciani, autor do "SwissLeaks", tem liberdade provisória na Espanha

Falciani foi condenado em 2015 a cinco anos de prisão por roubar os dados de supostos sonegadores de impostos que possuíam contas na filial suíça do HSBC

Falciani: Espanha prendeu executivo na quarta-feira (4) a pedido da Suíça, que quer que ele seja extraditado para cumprir a pena (Kenzo Tribouillard)

Falciani: Espanha prendeu executivo na quarta-feira (4) a pedido da Suíça, que quer que ele seja extraditado para cumprir a pena (Kenzo Tribouillard)

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AFP

Publicado em 5 de abril de 2018 às 16h16.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 16h17.

O ex-programador franco-italiano do banco HSBC Hervé Falciani, que vazou informações sobre práticas de evasão fiscal e foi detido nesta quarta-feira (4) na Espanha a pedido da Suíça, foi posto em liberdade provisória nesta quinta, à espera de ser examinado seu pedido de extradição.

Falciani foi condenado em 2015 a cinco anos de prisão por roubar os dados de milhares de supostos sonegadores de impostos que possuíam contas na filial suíça do banco HSBC.

A Espanha o prendeu a pedido da Suíça, que quer que seja extraditado para cumprir a pena.

O ex-engenheiro informático compareceu nesta quinta-feira ante um juiz da Audiência Nacional, alto tribunal competente neste tipo de caso, e ele lhe cedeu liberdade provisória sem fiança, segundo o auto judicial recebido pela AFP.

Graças às medidas cautelares, Falciani não pode se mudar da localidade espanhola onde está registrado seu domicílio, e submetido à "vigilância diária" pela polícia.

Também precisou entregar seus passaportes e está proibido de sair da Espanha. Todas as segunda-feiras deve se apresentar no tribunal mais próximo de sua casa.

Os arquivos da "lista Falciani" tinham permitido identificar 127 mil contas pertencentes a 79 mil pessoas de 180 nacionalidades.

Os dados vazados por ele permitiram a abertura de investigações de evasão fiscal em países como França, Espanha, Reino Unido, Grécia e Argentina.

Segundo a Justiça suíça, Falciani acessou os dados em 2006, quando trabalhava na filial do HSBC em Genebra, e tentou vendê-los a autoridades no Líbano.

Quando voltou à Suíça, já estava sendo investigado. Ele acabou se refugiando na França, onde entregou os dados ao governo.

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