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Ex-presidente do Paquistão sai vivo de atentado em Islamabad

Pervez Musharraf sobreviveu a um atentado com explosivos que aconteceu durante a passagem de seu comboio pela cidade


	Pervez Musharraf: o ex-presidente, que se encontra em liberdade condicional, foi acusado na última terça-feira de alta traição 
 (Aamir Qureshi/AFP)

Pervez Musharraf: o ex-presidente, que se encontra em liberdade condicional, foi acusado na última terça-feira de alta traição  (Aamir Qureshi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 06h49.

Nova Délhi - O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf sobreviveu a um atentado com explosivos que aconteceu durante a passagem de seu comboio em Islamabad, informou nesta quinta-feira à Agência Efe uma fonte oficial da capital paquistanesa.

O ataque aconteceu ontem à noite, quando a comitiva atravessava uma ponte depois que Musharraf recebeu atendimento médico no Instituto de Cardiologia das Forças Armadas, segundo o oficial de polícia Salthan Ali.

A explosão aconteceu por volta das 20h30 locais (12h30 de Brasília) na ponte de Faizabad, quando o comboio se dirigia para a residência de Musharraf em Chak Shahzad, após deixar o centro médico no qual o ex-presidente recebe tratamento por um problema cardíaco.

Segundo a imprensa local, os explosivos, com entre quatro e seis quilos, estavam colocados em um encanamento perto da ponte e a deflagração dos mesmos deixou um profundo buraco no terreno, mas não houve vítimas.

Pervez Musharraf, que se encontra em liberdade condicional, foi acusado na última terça-feira de alta traição por um tribunal especial de Islamabad, por suspender a ordem constitucional em 2007, uma acusação que pode levar à pena de morte.

A audiência do ex-governante no tribunal aconteceu sob fortes medidas de segurança, com 2,7 mil policiais, militares e paramilitares mobilizados na capital paquistanesa, depois que os defensores do antigo líder alertaram que sua vida corria perigo.

Musharraf, de 70 anos, se declarou inocente das acusações e seus representantes legais pediram que fosse concedida uma permissão para que o ex-presidente viaje até os Emirados Árabes Unidos para visitar sua mãe, que se encontra hospitalizada.

Os advogados de Musharraf também afirmaram que o estado de saúde do ex-líder é frágil, já que recebe tratamento por um problema cardíaco desde o dia 2 de janeiro, e solicitaram uma permissão para que ele possa ir aos Estados Unidos fazer seu tratamento de saúde.

No entanto, o tribunal rejeitou os dois pedidos, pois o acusado está na Lista de Controle de Saída (ECL, sigla em inglês), um sistema de controle de fronteiras do governo do Paquistão que impede que pessoas envolvidas em processos por crimes graves deixem o país.

O governo paquistanês rejeitou ontem o pedido do ex-ditador para que fosse excluído da lista.

Musharraf enfrenta outros dois processos por sua suposta responsabilidade nas mortes do líder nacionalista Nawab Akbar Bugti, em 2006, e da ex-primeira ministra Benazir Bhuto um ano depois.

Pervez Musharraf chegou ao poder no dia 12 de outubro de 1999 após dar um golpe de Estado contra o então primeiro-ministro, Nawaz Sharif, que voltou à chefia de governo após vencer as eleições em maio do ano passado.

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