EUA se diz aberto a negociar com o Irã, mas não para sempre
Processo não pode ser interminável, disse o secretário de Estado John Kerry
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2013 às 10h43.
Istambul - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse neste domingo que as potências mundiais irão buscar novas negociações com o Irã para resolver a disputa que já dura uma década sobre o programa nuclear iraniano, mas enfatizou que o diálogo não pode durar para sempre.
As potências mundiais e o Irã fracassaram mais uma vez na tentativa de resolver as suas divergências em negociações neste fim de semana no Cazaquistão. Não foi marcada nova reunião entre o Irã e as seis potências mundiais.
"Esse não é um processo interminável", afirmou Kerry, depois de chegar a Istambul neste domingo. O secretário norte-americano faz uma visita de dez dias ao Oriente Médio, à Europa e à Ásia.
Kerry disse que o presidente Barack Obama está comprometido em continuar o processo diplomático, apesar das eleições presidenciais iranianas em junho, o que foi chamado de fator complicador.
"Diplomacia é um trabalho doloroso, é um trabalho para pacientes", declarou Kerry à imprensa.
Também neste domingo, o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Yuval Steinitz, cobrou que as potências mundiais estabeleçam um limite de semanas para uma ação militar.
Steinitz, que é próximo ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou a uma rádio que uma ação deveria ocorrer em "poucas semanas, um mês", se o Irã não parar com o seu programa nuclear, o que Israel vê como uma potencial ameaça para a sua existência.
As potências ocidentais suspeitam que o Irã tenta desenvolver armas nucleares. O Irã nega e alega que o seu programa é para fins civis.
Teerã não reconhece o Estado judaico e acusa Israel de ameaçar a paz na região. Acredita-se que Israel é o único país com arsenal nuclear no Oriente Médio.
Catherine Ashton, da União Europeia, que representa os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França, o Reino Unido, e a Alemanha nas negociações com o Irã, afirmou que os dois lados não conseguiram resolver divergências chaves durante a reunião de dois dias em Almaty.
As seis potências querem que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio e, em troca, oferecem algum alívio em relação às sanções internacionais contra Teerã. O Irã não aceitou a oferta.
"É importante continuar conversando. Estamos abertos e esperançosos de que uma solução diplomática possa ser encontrada", disse Kerry.
Especialistas têm dito que as eleições presidenciais no Irã em junho aumentam as incertezas sobre a estratégia diplomática do Irã.
"Obviamente que as eleições complicam, e estamos cientes disso", afirmou Kerry. "Mas nós vamos continuar. O presidente Obama determinou que sigamos no canal diplomático."
Istambul - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse neste domingo que as potências mundiais irão buscar novas negociações com o Irã para resolver a disputa que já dura uma década sobre o programa nuclear iraniano, mas enfatizou que o diálogo não pode durar para sempre.
As potências mundiais e o Irã fracassaram mais uma vez na tentativa de resolver as suas divergências em negociações neste fim de semana no Cazaquistão. Não foi marcada nova reunião entre o Irã e as seis potências mundiais.
"Esse não é um processo interminável", afirmou Kerry, depois de chegar a Istambul neste domingo. O secretário norte-americano faz uma visita de dez dias ao Oriente Médio, à Europa e à Ásia.
Kerry disse que o presidente Barack Obama está comprometido em continuar o processo diplomático, apesar das eleições presidenciais iranianas em junho, o que foi chamado de fator complicador.
"Diplomacia é um trabalho doloroso, é um trabalho para pacientes", declarou Kerry à imprensa.
Também neste domingo, o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Yuval Steinitz, cobrou que as potências mundiais estabeleçam um limite de semanas para uma ação militar.
Steinitz, que é próximo ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou a uma rádio que uma ação deveria ocorrer em "poucas semanas, um mês", se o Irã não parar com o seu programa nuclear, o que Israel vê como uma potencial ameaça para a sua existência.
As potências ocidentais suspeitam que o Irã tenta desenvolver armas nucleares. O Irã nega e alega que o seu programa é para fins civis.
Teerã não reconhece o Estado judaico e acusa Israel de ameaçar a paz na região. Acredita-se que Israel é o único país com arsenal nuclear no Oriente Médio.
Catherine Ashton, da União Europeia, que representa os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França, o Reino Unido, e a Alemanha nas negociações com o Irã, afirmou que os dois lados não conseguiram resolver divergências chaves durante a reunião de dois dias em Almaty.
As seis potências querem que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio e, em troca, oferecem algum alívio em relação às sanções internacionais contra Teerã. O Irã não aceitou a oferta.
"É importante continuar conversando. Estamos abertos e esperançosos de que uma solução diplomática possa ser encontrada", disse Kerry.
Especialistas têm dito que as eleições presidenciais no Irã em junho aumentam as incertezas sobre a estratégia diplomática do Irã.
"Obviamente que as eleições complicam, e estamos cientes disso", afirmou Kerry. "Mas nós vamos continuar. O presidente Obama determinou que sigamos no canal diplomático."