EUA são principal fornecedor de armas para Arábia Saudita, diz relatório
País, segundo maior importador mundial de armas entre 2013 e 2017 depois da Índia, foi responsável por 10% das operações internacionais nesse período
EFE
Publicado em 22 de outubro de 2018 às 10h58.
Última atualização em 22 de outubro de 2018 às 10h59.
Copenhague - A Arábia Saudita é o terceiro país do mundo que mais investe em defesa e obtém quase dois terços de suas armas dos Estados Unidos, segundo estimativas do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI), na Suécia.
De acordo com o último relatório do SIPRI sobre o comércio mundial de armas nos últimos cinco anos, 61% das importações sauditas procederam dos EUA, 23% do Reino Unido e 3,6% da França, com a Espanha em quarto lugar com 2,4%.
Entre os países que também venderam armas à Arábia Saudita nesse período, embora em menor volume, também estão Alemanha, Suíça, Itália, Canadá, Turquia e Suécia, todos eles em números que giram em torno de 1%.
A Arábia Saudita, o segundo maior importador mundial de armas entre 2013 e 2017 depois da Índia, foi responsável por 10% das operações internacionais nesse período, no qual adquiriu, entre outros, 78 aviões de combate, 72 helicópteros, 328 tanques e 4 mil veículos armados de outro tipo.
O cálculo é realizado a partir de um indicador elaborado pelo SIPRI que se baseia nos custos de produção do armamento, não nos preços de venda, nem no montante das operações, que no caso da Arábia Saudita não são revelados.
Segundo o relatório anual do SIPRI, a Arábia Saudita, país com 33 milhões de habitantes, tem o terceiro orçamento em defesa mais elevado do mundo, só superado pelos EUA, que, com 316 milhões de habitantes, gastou nove vezes mais, e pela China, que, com 1,38 bilhão de habitantes, dedicou quase três vezes mais.
A Arábia Saudita destinou US$ 69,4 bilhões no ano passado às despesas militares, o que representa 4% do gasto mundial e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O número inclui salários, compra de equipamentos e armas, gastos com previdência, manutenção e despesas administrativas.
Criado em 1966 e com sede em Estocolmo, o SIPRI elabora de forma anual relatórios sobre os gastos militares no mundo e as tendências no comércio internacional de armas.