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EUA querem trabalhar com novo governo egípcio

O governo americano afirmou que está ansioso para trabalhar com o novo presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi


	Barack Obama: Al-Sissi foi proclamado presidente com 96,9% dos votos
 (Janek Skarzynski/AFP)

Barack Obama: Al-Sissi foi proclamado presidente com 96,9% dos votos (Janek Skarzynski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 10h58.

Washington - O governo dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira que está ansioso para trabalhar com o novo presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, o qual estimula a realizar uma reforma dos direitos humanos.

O presidente americano Barack Obama conversará em breve com Al-Sissi, ex-comandante do exército que foi eleito presidente do Egito, anunciou a Casa Branca em um comunicado.

Washington espera poder trabalhar com Al-Sissi "para avançar em nossa associação estratégica e na quantidade de interesses comuns de Estados Unidos e Egito", afirma o comunicado.

Além disso, o texto "convoca o presidente eleito e o governo a adotarem as reformas necessárias para governar com responsabilidade e transparência, para garantir justiça a todos os indivíduos e demonstrar um compromisso com a proteção dos direitos universais de todos os egípcios".

Al-Sissi, que dirige o Egito de fato desde que destituiu o islamita Mohamed Mursi, há 11 meses, foi proclamado presidente com 96,9% dos votos, anunciou na terça-feira a Comissão Eleitoral.

Os aliados islamitas de Mursi boicotaram a eleição.

O marechal, que passou à reserva para poder disputar a eleição presidencial, recebeu 23.780.104 votos, contra 757.511 do único rival, o líder da esquerda Hamdeen Sabbahi.

Com uma economia afetada por anos de mal-estar e distúrbios, Al-Sissi convocou nesta quarta-feira - em um discurso televisionado após sua proclamação - os egípcios a "trabalhar para que a segurança retorne a esta nação".

"O futuro é uma página em branco, e está em nossas mãos preenchê-la com o que quisermos... pão, liberdade, dignidade humana, justiça social", acrescentou.

A Casa Branca declarou em seu comunicado que as eleições se desenvolveram em consonância com as leis egípcias, embora tenha expressado preocupação pelo "ambiente político restritivo" no qual ocorreu a votação, e pediu para Al-Sissi acelerar as reformas em matéria de direitos.

"Expressamos constantemente nossa preocupação pelos limites à liberdade pacífica de reunião, associação e expressão, e convocamos o governo a garantir estas liberdades, assim como os devidos processos para todos os egípcios".

Além disso, antes das eleições parlamentares que irão ocorrer ainda este ano, Washington convocou o país a considerar formas para melhorar o modo como as mesmas se desenvolverão.

"A autêntica democracia se constrói com base na lei, nas liberdades civis e no discurso aberto", indicou o comunicado.

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