EUA querem que Venezuela fique devastada como o Iraque, diz Evo Morales
O presidente boliviano afirmou que as ameaças dos EUA atentam contra a paz e o direito dos povos para dispor de seus recursos naturais
EFE
Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 15h16.
Última atualização em 30 de janeiro de 2019 às 15h21.
La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales , afirmou nesta quarta-feira que os Estados Unidos querem que a Venezuela fique devastada e empobrecida como o Iraque e a Líbia.
"As ameaças dos EUA contra a Venezuela são ameaças à convivência pacífica na América Latina. Querem provocar o enfrentamento entre irmãos com guerra e violência", escreveu Morales no Twitter.
Morales também acusou a Casa Branca de buscar que a Venezuela fique "devastada e empobrecida", fazendo referência aos resultados das intervenções dos americanos no Iraque e na Líbia.
Um dos principais aliados de Nicolás Maduro, Morales ainda afirmou que o objetivo da Venezuela é se apossar do petróleo. E criticou a decisão do governo americano de sancionar da PDSVA, a empresa estatal venezuelana, afirmando que a medida foi arbitrária e uma forma de "confiscar o dinheiro do povo para financiar o golpe".
"Os Estados Unidos atentam contra a paz e o direito dos povos para dispor de seus recursos naturais", afirmou Morales, rejeitando qualquer tipo de intervenção americana na região.
O presidente americano, Donald Trump, destacou nesta quarta-feira que Maduro só topou negociar com a oposição devido às sanções aplicadas pelo Departamento do Tesouro dos EUA à PDVSA.
"Maduro está disposto a negociar com a oposição na Venezuela após as sanções dos EUA e corte das receitas petrolíferas", escreveu Trump no Twitter sobre as medidas adotadas por ele ontem.
Em entrevista à agência russa "RIA Novosti", Maduro afirmou que estava preparado para dialogar sobre a paz e o futuro do país.