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EUA podem retirar todas as tropas do Afeganistão

A opção contraria a visão do Pentágono, segundo a qual milhares de tropas podem ser necessárias para conter a Al-Qaeda e fortalecer as forças afegãs

Barack Obama: a questão terá importância central nas conversas que o presidente afegão Hamid Karzai terá nesta semana com o presidente Barack Obama (REUTERS/Jonathan Ernst)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 11h07.

Washington - O governo Barack Obama deu seu primeiro sinal explícito nesta terça-feira de que pode não manter tropas no Afeganistão após dezembro de 2014. A opção contraria a visão do Pentágono, segundo a qual milhares de tropas podem ser necessárias para conter a Al-Qaeda e fortalecer as forças afegãs.

A questão terá importância central nas conversas que o presidente afegão Hamid Karzai terá nesta semana com o presidente Barack Obama e o ministro da Defesa Leon Panetta para discutir a elaboração de uma parceria duradoura para depois de 2014.

"Os Estados Unidos não têm um objetivo herdado de manter um número 'x' de tropas no Afeganistão", disse Ben Rhodes, conselheiro adjunto de segurança nacional da Casa Branca. "Nós temos como objetivo nos certificarmos de que não haja um refúgio seguro para a Al-Qaeda no Afeganistão e assegurar a estabilidade do governo afegão."

Os Estados Unidos mantêm atualmente 66 mil militares no Afeganistão, número inferior aos 100 mil que estavam no país em 2010.

Os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram, em novembro de 2010, que retirariam todas as suas tropas de combate até o final de 2014, mas ainda não chegaram a uma conclusão sobre se missões futuras serão necessárias e o número de soldados necessário para colocá-las em ação.


A questão é o risco de o Afeganistão entrar em colapso e cair novamente na situação de caos que na década de 1990 permitiu que o Taleban tomasse o poder e fornecesse um refúgio seguro para a Al-Qaeda, a rede de Osama bin Laden. Acredita-se que menos de 100 combatentes da Al-Qaeda estejam no Afeganistão, embora um número muito maior esteja do outro lado da fronteira, no Paquistão.

Ao ser perguntado sobre se existe a opção de que nenhum militar norte-americano permaneça no Afeganistão, Rhodes respondeu que "esta é uma opção que vamos estudar".

Os dois discordam em vários pontos, dentre eles a exigência dos Estados Unidos de que todos os soldados norte-americanos que permanecerem no Afeganistão após as missões de combate recebam imunidade contra processos em território afegão. Karzai resiste à ideia, embora enfatize a necessidade de um apoio norte-americano de larga escala para manter uma força de segurança efetiva após 2014.

Karzai deve se reunir na quinta-feira com Panetta no Pentágono e com a secretária de Estado Hillary Clinton no Departamento de Estado. As informações são da Associated Press.

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Washington - O governo Barack Obama deu seu primeiro sinal explícito nesta terça-feira de que pode não manter tropas no Afeganistão após dezembro de 2014. A opção contraria a visão do Pentágono, segundo a qual milhares de tropas podem ser necessárias para conter a Al-Qaeda e fortalecer as forças afegãs.

A questão terá importância central nas conversas que o presidente afegão Hamid Karzai terá nesta semana com o presidente Barack Obama e o ministro da Defesa Leon Panetta para discutir a elaboração de uma parceria duradoura para depois de 2014.

"Os Estados Unidos não têm um objetivo herdado de manter um número 'x' de tropas no Afeganistão", disse Ben Rhodes, conselheiro adjunto de segurança nacional da Casa Branca. "Nós temos como objetivo nos certificarmos de que não haja um refúgio seguro para a Al-Qaeda no Afeganistão e assegurar a estabilidade do governo afegão."

Os Estados Unidos mantêm atualmente 66 mil militares no Afeganistão, número inferior aos 100 mil que estavam no país em 2010.

Os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram, em novembro de 2010, que retirariam todas as suas tropas de combate até o final de 2014, mas ainda não chegaram a uma conclusão sobre se missões futuras serão necessárias e o número de soldados necessário para colocá-las em ação.


A questão é o risco de o Afeganistão entrar em colapso e cair novamente na situação de caos que na década de 1990 permitiu que o Taleban tomasse o poder e fornecesse um refúgio seguro para a Al-Qaeda, a rede de Osama bin Laden. Acredita-se que menos de 100 combatentes da Al-Qaeda estejam no Afeganistão, embora um número muito maior esteja do outro lado da fronteira, no Paquistão.

Ao ser perguntado sobre se existe a opção de que nenhum militar norte-americano permaneça no Afeganistão, Rhodes respondeu que "esta é uma opção que vamos estudar".

Os dois discordam em vários pontos, dentre eles a exigência dos Estados Unidos de que todos os soldados norte-americanos que permanecerem no Afeganistão após as missões de combate recebam imunidade contra processos em território afegão. Karzai resiste à ideia, embora enfatize a necessidade de um apoio norte-americano de larga escala para manter uma força de segurança efetiva após 2014.

Karzai deve se reunir na quinta-feira com Panetta no Pentágono e com a secretária de Estado Hillary Clinton no Departamento de Estado. As informações são da Associated Press.

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