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EUA podem alcançar limite da dívida em outubro, diz Tesouro

Administração de Obama alertou o Congresso que pode faltar dinheiro para os EUA pagarem suas contas depois de meados de outubro

Barack Obama: presidente alertou congressistas para elevar o limite do endividamento público (Jason Reed/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 20h24.

Washington - A administração do presidente Barack Obama alertou o Congresso norte-americano nesta segunda-feira de que pode faltar dinheiro para os Estados Unidos pagarem suas contas depois de meados de outubro, se os congressistas não agirem rapidamente para elevar o limite do endividamento público.

"O Congresso deveria atuar o mais rápido possível para proteger o bom crédito da América", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, em carta a líderes congressistas, instando-os a agirem "bem antes de qualquer risco de calote tornar-se iminente".

O governo dos EUA tem encostado no limite da dívida de 16,7 trilhões de dólares desde maio, mas tem evitado declarar inadimplência sobre quaisquer obrigações por meio de uma série de medidas emergenciais para gerir seus recursos, como suspender investimentos em fundos de pensão para funcionários federais.

Lew disse que o governo vai exaurir sua capacidade de financiamento em meados de outubro, restando apenas 50 bilhões de dólares em dinheiro à mão, montante que, segundo ele, poderia ser esgotado em um único dia. Isso tornaria a inadimplência iminente e poderia abalar a confiança de investidores nos EUA, afirmou.

"Esse cenário pode minar os mercados financeiros e resultar em obstáculos significativos à economia", acrescentou Lew.

Um acalorado debate em Washington sobre o teto da dívida quase levou o país a um calote em 2011, estressando os mercados financeiros e contribuindo para que uma agência de classificação de risco rebaixasse a nota dos Estados Unidos.

Neste ano os republicanos estão considerando usar a necessidade de elevar o teto da dívida para promover sua agenda no Congresso. O partido de oposição está tentando enfraquecer a reforma de saúde pública, projeto chave do governo de Barack Obama. Conservadores também querem reformular as leis tributárias e que Obama aprove uma proposta de oleoduto.

"O limite de endividamento permanece um lembrete de que, sob o presidente Obama, Washington fracassou em lidar seriamente com o déficit e a dívida dos EUA", disse Michael Steel, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner.

Embora o Congresso já tenha tomado decisões tributárias e fiscais que promoveram os déficits orçamentários dos EUA, também controla separadamente o limite sobre a dívida da nação.

Obama está prometendo não deixar o teto da dívida ser uma moeda de troca em outras discussões políticas.

"Não vamos negociar com os republicanos no Congresso sobre a responsabilidade do Congresso de pagar as contas que o Congresso acumulou, ponto", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Previamente, o governo de Obama havia dito que o Congresso precisa agir até o início de setembro, mas o fortalecimento da economia elevou as receitas tributárias, dando ao governo mais tempo antes de atingir o teto da dívida.

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Washington - A administração do presidente Barack Obama alertou o Congresso norte-americano nesta segunda-feira de que pode faltar dinheiro para os Estados Unidos pagarem suas contas depois de meados de outubro, se os congressistas não agirem rapidamente para elevar o limite do endividamento público.

"O Congresso deveria atuar o mais rápido possível para proteger o bom crédito da América", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, em carta a líderes congressistas, instando-os a agirem "bem antes de qualquer risco de calote tornar-se iminente".

O governo dos EUA tem encostado no limite da dívida de 16,7 trilhões de dólares desde maio, mas tem evitado declarar inadimplência sobre quaisquer obrigações por meio de uma série de medidas emergenciais para gerir seus recursos, como suspender investimentos em fundos de pensão para funcionários federais.

Lew disse que o governo vai exaurir sua capacidade de financiamento em meados de outubro, restando apenas 50 bilhões de dólares em dinheiro à mão, montante que, segundo ele, poderia ser esgotado em um único dia. Isso tornaria a inadimplência iminente e poderia abalar a confiança de investidores nos EUA, afirmou.

"Esse cenário pode minar os mercados financeiros e resultar em obstáculos significativos à economia", acrescentou Lew.

Um acalorado debate em Washington sobre o teto da dívida quase levou o país a um calote em 2011, estressando os mercados financeiros e contribuindo para que uma agência de classificação de risco rebaixasse a nota dos Estados Unidos.

Neste ano os republicanos estão considerando usar a necessidade de elevar o teto da dívida para promover sua agenda no Congresso. O partido de oposição está tentando enfraquecer a reforma de saúde pública, projeto chave do governo de Barack Obama. Conservadores também querem reformular as leis tributárias e que Obama aprove uma proposta de oleoduto.

"O limite de endividamento permanece um lembrete de que, sob o presidente Obama, Washington fracassou em lidar seriamente com o déficit e a dívida dos EUA", disse Michael Steel, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner.

Embora o Congresso já tenha tomado decisões tributárias e fiscais que promoveram os déficits orçamentários dos EUA, também controla separadamente o limite sobre a dívida da nação.

Obama está prometendo não deixar o teto da dívida ser uma moeda de troca em outras discussões políticas.

"Não vamos negociar com os republicanos no Congresso sobre a responsabilidade do Congresso de pagar as contas que o Congresso acumulou, ponto", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Previamente, o governo de Obama havia dito que o Congresso precisa agir até o início de setembro, mas o fortalecimento da economia elevou as receitas tributárias, dando ao governo mais tempo antes de atingir o teto da dívida.

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