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EUA pedem que Rússia não sensacionalize morte de menino

Maxim Kuzmin, um menino russo de três anos, foi adotado e vivia com uma família americana

Líderes da oposição se manifestam contra a lei que proíbe americanos de adotarem crianças russas: 20 crianças russas adotadas nos EUA morreram desde 2001 (Andrey Smirnov/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 11h02.

Moscou - Os Estados Unidos pediram à Rússia para não fazer sensacionalismo a respeito da recente morte no Texas de Maxim Kuzmin, um menino de três anos que foi adotado e vivia com uma família americana, informam nesta sexta-feira os veículos de imprensa russos.

"Já é hora de acabar com a exploração sensacionalista de tragédias humanas, e de intensificar o trabalho entre os dois países sobre esse assunto - a morte do menino Maxim Kuzmin (renomeado como Max Alan Shatto após a adoção) -", escreveu o embaixador dos EUA na Rússia, Michael McFaul, em seu blog.

Além disso, o representante manifestou sua preocupação pelo enfoque de alguns veículos de imprensa russos que tacharam de falta de vontade política de cooperação a recente recusa do embaixador a participar de uma sessão parlamentar para comentar a morte de Kuzmin.

"Os embaixadores americanos não comparecem a Parlamentos estrangeiros quando são convocados para isso", lembrou McFaul.

McFaul acrescentou que o problema da violação dos direitos das crianças não afeta apenas os menores russos adotados por famílias norte-americanas, mas também a outros, independentemente do país onde nasceram.

Apesar de que 20 crianças russas adotadas nos EUA morreram desde 2001, segundo o representante do Kremlin para a defesa dos direitos das crianças, Pável Astájov, o funcionário disse que "está orgulhoso" de que outros 60 mil desfrutem da vida com seus pais adotivos.


Sobre a morte de Kuzmin, McFaul afirmou que desde que o Departamento de Estado se inteirou do ocorrido, ambas as partes colaboraram fortemente para proporcionar acesso dos funcionários consulares russos ao irmão de Maxim, também adotado nos EUA.

Astájov denunciou na segunda-feira passada o assassinato do menino, adotado por uma família americana do Texas. "Maxim, de três anos, foi espancado (até a morte) por sua mãe adotiva que durante muito tempo lhe dava remédios psicotrópicas fortes", escreveu Astájov em sua conta do Twitter.

O representante acrescentou que a criança morreu antes da chegada da ambulância e que os médicos legistas encontraram vários ferimentos no corpo do menino. Criticou, ainda, que o assassinato aconteceu no final de janeiro sem que houvesse reação alguma por parte do Departamento de Estado americano.

Mais tarde, em uma entrevista ao jornal "Kommersant-Online", Astájov se mostrou menos categórico com a versão do incidente: "Inclusive se não for considerada culpada de causar intencionalmente ferimentos e morte, deixar uma criança em perigo - ela o deixou sozinho em uma quadra e já havia deixado sozinho em casa - já é um crime no Texas".

A Rússia aprovou em dezembro passado uma lei que proíbe as adoções de crianças russas por famílias dos Estados Unidos, iniciativa que gerou fortes críticas entre os intelectuais e defensores russos dos direitos humanos.

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Moscou - Os Estados Unidos pediram à Rússia para não fazer sensacionalismo a respeito da recente morte no Texas de Maxim Kuzmin, um menino de três anos que foi adotado e vivia com uma família americana, informam nesta sexta-feira os veículos de imprensa russos.

"Já é hora de acabar com a exploração sensacionalista de tragédias humanas, e de intensificar o trabalho entre os dois países sobre esse assunto - a morte do menino Maxim Kuzmin (renomeado como Max Alan Shatto após a adoção) -", escreveu o embaixador dos EUA na Rússia, Michael McFaul, em seu blog.

Além disso, o representante manifestou sua preocupação pelo enfoque de alguns veículos de imprensa russos que tacharam de falta de vontade política de cooperação a recente recusa do embaixador a participar de uma sessão parlamentar para comentar a morte de Kuzmin.

"Os embaixadores americanos não comparecem a Parlamentos estrangeiros quando são convocados para isso", lembrou McFaul.

McFaul acrescentou que o problema da violação dos direitos das crianças não afeta apenas os menores russos adotados por famílias norte-americanas, mas também a outros, independentemente do país onde nasceram.

Apesar de que 20 crianças russas adotadas nos EUA morreram desde 2001, segundo o representante do Kremlin para a defesa dos direitos das crianças, Pável Astájov, o funcionário disse que "está orgulhoso" de que outros 60 mil desfrutem da vida com seus pais adotivos.


Sobre a morte de Kuzmin, McFaul afirmou que desde que o Departamento de Estado se inteirou do ocorrido, ambas as partes colaboraram fortemente para proporcionar acesso dos funcionários consulares russos ao irmão de Maxim, também adotado nos EUA.

Astájov denunciou na segunda-feira passada o assassinato do menino, adotado por uma família americana do Texas. "Maxim, de três anos, foi espancado (até a morte) por sua mãe adotiva que durante muito tempo lhe dava remédios psicotrópicas fortes", escreveu Astájov em sua conta do Twitter.

O representante acrescentou que a criança morreu antes da chegada da ambulância e que os médicos legistas encontraram vários ferimentos no corpo do menino. Criticou, ainda, que o assassinato aconteceu no final de janeiro sem que houvesse reação alguma por parte do Departamento de Estado americano.

Mais tarde, em uma entrevista ao jornal "Kommersant-Online", Astájov se mostrou menos categórico com a versão do incidente: "Inclusive se não for considerada culpada de causar intencionalmente ferimentos e morte, deixar uma criança em perigo - ela o deixou sozinho em uma quadra e já havia deixado sozinho em casa - já é um crime no Texas".

A Rússia aprovou em dezembro passado uma lei que proíbe as adoções de crianças russas por famílias dos Estados Unidos, iniciativa que gerou fortes críticas entre os intelectuais e defensores russos dos direitos humanos.

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