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EUA impõem sanções a 5 na República Centro-Africana

Decreto autoriza a impor sanções ao ex-presidente François Bozizé, e outros quatro líderes políticos pela espiral de violência do país

Membros das forças de paz africanas monta guarda em um veículo nas ruas de Bangui, na República Centro-Africana (Luc Gnago/Reuters)

Membros das forças de paz africanas monta guarda em um veículo nas ruas de Bangui, na República Centro-Africana (Luc Gnago/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 22h32.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta terça-feira um decreto que lhe autoriza a impor sanções ao ex-presidente da República Centro-Africana, François Bozizé, e outros quatro líderes políticos pela espiral de violência que esse país vive desde dezembro, informou a Casa Branca.

Além de Bozizé, também serão sancionados o dirigente da coalizão rebelde Séléka, Nourredine Adam; Michel Djotodia, líder da Séléka que foi presidente golpista do país; o representante das forças Anti-Balaka, Levy Yakete, e Abdoulaye Miskine, líder da Frente Democrática do Povo Centro-Africano (FDPC) e um dos fundadores da Séléka.

A República Centro-Africana sofre desde o dezembro uma espiral de violência protagonizada por milícias muçulmanas, partidárias do ex-grupo rebelde Séléka, e cristãs, as denominadas "Anti-Balaka".

"O decreto do presidente Obama procura enviar uma mensagem clara: que a impunidade não será tolerada e que aqueles que ameacem a estabilidade da República Centro-Africana terão que enfrentar as consequências", explicou hoje o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em comunicado.

A decisão dos Estados Unidos de impor sanções aos cinco líderes centro-africanos chega depois que o Conselho de Segurança da ONU votou em janeiro, por unanimidade, o estabelecimento de um regime de sanções contra os responsáveis das atrocidades cometidas na República Centro-Africana.

Além disso, o Conselho de Segurança decidiu em 9 de maio impor sanções contra François Bozizé, Nourredine Adam e Levy Yakete, que se verão afetados por uma proibição de viagens e sofrerão o bloqueio de seus ativos econômicos como consequência da decisão.

"Continuaremos apoiando o governo de transição e fornecendo ajuda humanitária aos afetados pelo conflito. E urgimos todas as partes a pôr fim à violência, assegurar que faz-se justiça com os que cometeram violações dos direitos humanos e trabalhar para forjar um futuro próspero para todos os centro-africanos", afirmou o porta-voz da Casa Branca.

A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012 ao considerar que o então presidente, François Bozizé, não tinha respeitado os acordos de paz assinados em 2007.

A capital Bangui foi tomada em março de 2013 pelos rebeldes da Séléka, que assumiram o poder no país após a fuga do derrubado Bozizé.

No final do ano passado, as milícias cristãs Anti-Balaka se alçaram contra os partidários da Séléka e contra a população muçulmana em geral, em represália pelos abusos cometidos pelos rebeldes durante os meses que estiveram no poder.

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