Escutas ilegais: parlamentares culpam a polícia por falhas
Os onze membros da comissão classificam de "muito pobre" a primeira investigação realizada pela Scotland Yard no período 2005-2006
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2011 às 10h15.
Londres - A comissão parlamentar britânica acusou nesta quarta-feira a polícia por ter acumulado uma série de falhas na investigação sobre o escândalo das escutas telefônicas realizadas pelo tabloide do grupo News Corp, que tentou deliberadamente abafar as investigações, segundo um relatório preliminar dos legisladores.
Os onze membros da comissão classificam de "muito pobre" a primeira investigação realizada pela Scotland Yard no período 2005-2006.
O magnata das comunicações Rupert Murdoch compareceu na véspera ante esta comissão e limitou sua responsabilidade no escândalo das escutas ilegais.
"Nunca me senti tão humilde em minha vida", afirmou Murdoch, no início da audiência diante da Comissão de Cultura, Mídia e Esportes do Parlamento.
"Sejamos claros, violar a intimidade das pessoas grampeando suas secretárias telefônicas é errado. Pagar a policiais para obter informações é errado", concluiu o magnata, de 80 anos, após três horas de intenso interrogatório.
Murdoch disse ter se sentido "totalmente chocado e envergonhado ao tomar conhecimento do caso Milly Dowler há duas semanas", referindo-se às revelações de supostos grampos feitos por jornalistas do tabloide dominical News of the World no telefone de uma menina de 13 anos assassinada.
Mas quando um deputado perguntou a ele se assumia ser "em última instância responsável por este fiasco", Murdoch respondeu: "Não", considerando que é impossível supervisionar tudo o que é feito em um conglomerado de comunicação de 53.000 funcionários.
E ao ser perguntado a quem podia então atribuir a responsabilidade pelo ocorrido, respondeu: "As pessoas em quem confiei e, depois, talvez as pessoas em quem elas confiaram".
Em um comunicado emitido nesta quarta, Murdoch assegurou que seu grupo converterá, após o escândalo das escutas ilegais na Grã Bretanha, "em uma companhia mais forte".
"Quero que todos vocês saibam que tenho a absoluta confiança de que vamos emergir como uma companhia mais forte", disse Murdoch através de um comunicado dirigido a seus empregados.
"Vai nos custar tempo reconstruir a confiança e a credibilidade, mas estamos decididos a cumprir com as expectativas de nossos acionistas, clientes, colegas e sócios", disse.
A sessão parlamentar teve que ser interrompida brevemente quando um homem tentou de jogar um prato cheio com espuma de barbear no rosto de Murdoch. A esposa do magnata, Wendi Deng, que estava sentada próximo, conseguiu impedir o ataque. Segundo a rede de televisão Sky News, o indivíduo é um humorista.
O homem que tentou agredir Murdoch será julgado por perturbação da ordem pública, informou a polícia londrina nesta quarta-feira.
Jonathan May-Bowles, de 26 anos, foi preso imediatamente após o ataque, mas depois conseguiu liberdade condicional. Na sexta-feira ele comparecerá a um Tribunal em Londres por seu reprovado comportamento, que causou "medo e angústia" em um local público.
Londres - A comissão parlamentar britânica acusou nesta quarta-feira a polícia por ter acumulado uma série de falhas na investigação sobre o escândalo das escutas telefônicas realizadas pelo tabloide do grupo News Corp, que tentou deliberadamente abafar as investigações, segundo um relatório preliminar dos legisladores.
Os onze membros da comissão classificam de "muito pobre" a primeira investigação realizada pela Scotland Yard no período 2005-2006.
O magnata das comunicações Rupert Murdoch compareceu na véspera ante esta comissão e limitou sua responsabilidade no escândalo das escutas ilegais.
"Nunca me senti tão humilde em minha vida", afirmou Murdoch, no início da audiência diante da Comissão de Cultura, Mídia e Esportes do Parlamento.
"Sejamos claros, violar a intimidade das pessoas grampeando suas secretárias telefônicas é errado. Pagar a policiais para obter informações é errado", concluiu o magnata, de 80 anos, após três horas de intenso interrogatório.
Murdoch disse ter se sentido "totalmente chocado e envergonhado ao tomar conhecimento do caso Milly Dowler há duas semanas", referindo-se às revelações de supostos grampos feitos por jornalistas do tabloide dominical News of the World no telefone de uma menina de 13 anos assassinada.
Mas quando um deputado perguntou a ele se assumia ser "em última instância responsável por este fiasco", Murdoch respondeu: "Não", considerando que é impossível supervisionar tudo o que é feito em um conglomerado de comunicação de 53.000 funcionários.
E ao ser perguntado a quem podia então atribuir a responsabilidade pelo ocorrido, respondeu: "As pessoas em quem confiei e, depois, talvez as pessoas em quem elas confiaram".
Em um comunicado emitido nesta quarta, Murdoch assegurou que seu grupo converterá, após o escândalo das escutas ilegais na Grã Bretanha, "em uma companhia mais forte".
"Quero que todos vocês saibam que tenho a absoluta confiança de que vamos emergir como uma companhia mais forte", disse Murdoch através de um comunicado dirigido a seus empregados.
"Vai nos custar tempo reconstruir a confiança e a credibilidade, mas estamos decididos a cumprir com as expectativas de nossos acionistas, clientes, colegas e sócios", disse.
A sessão parlamentar teve que ser interrompida brevemente quando um homem tentou de jogar um prato cheio com espuma de barbear no rosto de Murdoch. A esposa do magnata, Wendi Deng, que estava sentada próximo, conseguiu impedir o ataque. Segundo a rede de televisão Sky News, o indivíduo é um humorista.
O homem que tentou agredir Murdoch será julgado por perturbação da ordem pública, informou a polícia londrina nesta quarta-feira.
Jonathan May-Bowles, de 26 anos, foi preso imediatamente após o ataque, mas depois conseguiu liberdade condicional. Na sexta-feira ele comparecerá a um Tribunal em Londres por seu reprovado comportamento, que causou "medo e angústia" em um local público.